tag:blogger.com,1999:blog-60166628815190636212024-03-14T19:44:50.370+03:0070mmFelipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-28840804891589443922012-02-27T22:58:00.004+02:002012-03-09T20:03:53.008+02:00Câmara de gás<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkmwDTjVVslj_eqGyUAyVDmutSicrXqTleT-n3s6KNpmG2axa8gfW1mS1tzFNbK3j96j0YqGw1y8sFgSTMWPy_jyzQ2bIoxWRRt2TLu2vP7g2tMlI53aQtG9ssHIE-pU3duVTAo_nKHC1Y/s1600/IMG096.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 310px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkmwDTjVVslj_eqGyUAyVDmutSicrXqTleT-n3s6KNpmG2axa8gfW1mS1tzFNbK3j96j0YqGw1y8sFgSTMWPy_jyzQ2bIoxWRRt2TLu2vP7g2tMlI53aQtG9ssHIE-pU3duVTAo_nKHC1Y/s400/IMG096.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713923069963599794" /></a><div><br /></div><div style="text-align: center;">Clique na imagem para ampliar ou</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;">câmara de gás</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">com a cara enfiada em suas carnes</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">e ela nas minhas</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">duro como pedra</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">lambendo sua rata</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">esperando um gozo de alegria</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">uma ejaculação de paz</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">ou até mesmo de caos</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">antes que a tristeza venha me pegar</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">porque com certeza ela vem perguntar</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">"você não está tão feliz assim, está?"</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">e ela tem sempre razão</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">eu aqui com meus dedos fedendo a cigarros</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">quero fugir dessa mulher</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">seu gosto já não é tão bom</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">talvez nunca tenha sido</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">talvez ela também queira ir embora</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">queria ir procurar aquele cara que um dia amou</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">mas que se deixou perder em uma briga de supermercado</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">mas estamos aqui e teremos de fazê-lo</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">ou não...</div>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-61217091612855471482012-01-20T22:32:00.003+02:002012-01-21T01:07:02.961+02:00Um Pouco de Ilusão- Saia daqui agora! Aqui não é lugar de brigas!<br /> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Assim, cai em cima de um monte sacos de lixo ao lado da calçada expulso de um bar. Ali afundado no lixo apenas com a boca amostra acendi um cigarro e relaxei. Meu descanso acabou com o sol vindo queimar minhas retinas e com aquela mão estendida pra me levantar. Não me lembrava direito quando a tinha conhecido. Mas foi no meio do lixo que ela me ajudou.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Quer um cigarro? - perguntei.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Não, e você que ficar ai? - já estava confortável ali. Mas aceitei a ajuda. Me levantei pegando naquela mão de unhas vermelhas descascadas. Dei uns tapas na calça e olhei pra ela. Ria descontroladamente.</p><div><br /></div>- Não acreditei quando você ficou deitado ai por mais de 20 minutos!<div><br /></div><div>- Não tinha lugar melhor para ir. E em casa não tem mais bebida alguma.</div><div><br /></div><div>- Esperei pra ver o quanto aguentaria. Mas como não se levantava fui ver se ainda estava vivo. - e ela continuou a rir.</div><div><br /></div><div>- Obrigado e até!</div><div><br /></div><div>- Espera!</div><div><br /></div><div>- O que?!</div><div><br /></div><div>- Sabe onde fica um condomínio chamado Sunrise?</div><div><br /></div><div>- Eu moro lá! Vamos que eu te levo!</div><div><br /></div><div>- Ok! <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">O condomínio Sunrise é um condomínio de kitnets. Ou seja. Sem nenhum cômodo alêm do conjugado de quarto-cozinha-sala-de-estar e um banheiro separado. Lá só moravam desempregados, drogados, traficantes, estudantes universitários pobres, prostitutas e algumas famílias de imigrantes. Só os excluídos iam pra lá. Fui pelo preço já que meu emprego de vendedor não me paga tão bem.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Ela tinha um cabelo preto cortado bem curto. Estava de calça jeans. Um sapato normal. Uma blusa vermelha e uma bolsa colorida do lado direito e uma mala de rodinhas do lado esquerdo. Não era tão bonita e nem feia. Mas tinha uma incognita intrigante no seu sorriso. Subimos juntos. Ela se mudou para o 2º andar, apartamento 203. Eu morava no 4º, apartamento 401. A judei com as malas e subi.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Obrigado pela ajuda! - me disse quando entrei no elevador. Antes de poder falar alguma coisa a porta se fechou.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Me joguei na parede no elevador e me olhei no espelho. Precisava cortar o cabelo. A barba estava bem. Desci e fui até o mercado. Comprei duas garrafas de vinho tinto e voltei pra casa. Bebi uma na primeira hora e dormi. Não sei que horas eram. Mas uma batida na porta me acordou.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Tem alguma bebida ai? - era ela na porta. Descalça. De shorts e camiseta branca. Antes de pensar alguma coisa vi a tatuagem em seu ombro. Várias abelhas cobriam o seu ombro esquerdo.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Entra ai que tenho um vinho! - ela já foi entrando e sentando na minha cama. Eu não tinha um sofá. Apenas duas cadeiras. Uma mesa. Um armário. E um toca discos.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Espera ai que vou buscar um disco! - Saiu correndo enquanto que colocava os copos e o vinho aberto na mesa. Demorou uns 15 minutos e voltou toda animada com um disco preto na mão.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Coloca ai pra gente!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- O que é isso?!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Jhonny Cash. Um disco novo dele que eu adoro! - peguei o disco e coloquei pra tocar. A primeira música que tocou foi I won't back down.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Nos servi e ficamos ali escutando o som tocando a melancolia daquele velho. Ela se sentou com um dos pés na cadeira e ficava olhando meu apartamento.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Você quase não tem móveis. Nem dá pra dizer que alguém mora aqui!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Uhum! Ganho pouco. Não dá pra fazer nada.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- E você trabalha em que?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Sou vendedor?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Vende o que?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Coisas! E você o que faz?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Vende que coisas?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Coisas!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Como assim?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Quer beber ou comprar algum de meus produtos. - virou a cara pra mim.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Você é meio grosso, sabia!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Sei sim... não gosto de gente!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Humm... eu sou artista. Faço curso de artes plásticas.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Pinta ou o que?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Pinto um pouco e faço esculturas de madeira de vez em quando. Como gasto muito com materiais me mudei pra cá por conta do aluguel barato!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Vivo aqui porque não tenho dinheiro mesmo. - ela enfia a mão no bolso de traz e tira uma carteira de cigarro.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Posso fumar?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Pode! Me dá um ai... - peguei um cigarro e acendi. Só me lembro dela indo embora com a garrafa de vinho pela metade. Disse que tinha aula logo cedo e que não poderia beber mais.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Dormi até as 9:00. cheguei uma hora atrasado no emprego. Minha chefe brigou comigo e disse que iria descontar todas as comissões das vendas que faria naquele dia. Ela sempre me roubava nas comissões. Só recebia as das menores vendas. Sei que ela colova as maiores no nome dela. Mas era um emprego e eu tinha de aguentar até não ter mais grana pra pagar minhas contas e minhas garrafas de bebida.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Passei no mercado e comprei dois maços de cigarro e uma garrafa de wisky barato. Ela estava na porta do prédio conversando com Wallacy. Um amigo que de vez em quando vinha tentar pegar uma grana emprestada comigo ou beber de graça. Tentei passar como se nem os conhecia. Mas não deu muito certo.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Não cumprimenta mais os amigos! - Ele já veio me abraçando.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- ah... nem tinha visto que era você.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- ok... e ai vamos tomar alguma coisa mais tarde?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Vou descansar. To bem cansado.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Mas a sua nova vizinha aqui disse que vai pagar uma garrafa de vinho pra compensar a que bebeu ontem na sua casa!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Uma amiga minha vem me visitar hoje. Se vocês quiserem se juntar a gente sem problemas.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Claro que vamos fazer uma festa hoje no ap do meu chapa aqui. - minha casa ia ser invadida por três pessoas estranhas.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Que bom porque o meu apartamento ainda tá uma bagunça! ah... qual é o nome daquele vinho que tomamos ontem? É muito bom!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Santa Helena! - respondi subindo as escadas.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Vou compra uma garrafa pra gente mais tarde então.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Ok! - Entrei no elevador com Wallacy do meu lado todo feliz.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- É hoje heim. A de cabelo preto já está na sua. Vamos torçer pra amiga dela ser mais ou menos.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Uhum! - abri meu wisky e dei um trago.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Elas chegaram lá pelas 21:00. Wallacy só falava de apostas e quanto ele tinha ganho no poker essa semana. Mas não comprava nenhuma bebida pra gente. Só tomava a minha. Ela veio novamente de shorts e camiseta branca. A amiga era baixinha. De cabelos castanhos e usava um vestidinho florido. Parecia descendente de índios. Mas era linda. E parecia que as duas já estavam chapadas. Não sei o que tomaram. Mas parecia bom. Bebemos e bebemos até acabar com todo o álcool que trouxeram e que tinha na minha casa. Wallacy tentava a todo custo dar uns beijos na amiga dela. Acho que a menina se chamava Júlia.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- E ae, o que vocês duas tomaram? - Wallacy perguntou.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Nada! - as duas começaram a rir.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Vai conta ai! Tem mais? - ela botou a mão no bolso do shortinho e tirou um saco de maconha.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Poxa e só agora vocês mostram isso! - já era quase 2 da manhã.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><br /></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Fumamos uns quatro cigarros de maconha. Júlia foi embora de carona com Wallacy. E ela estava dormindo na minha cama capotada com um dos seios amostra e com o botão da bermuda aberto mostrando que não estava de calcinha. Deitei do seu lado pra dormir. Tentar dormir na verdade. Estava de pau duro só de estar do lado dela daquele jeito. Não sei se foi a maconha. Ou os vinhos. Mas não conseguia fazer ele descer. Dormi rápido pelo efeito do álcool. Acordei por volta das 10:00 no chão. Sem cobertor. Me levantei e ela estava na minha cama abraçada com meu travesseiro e nua. Fiquei excitado novamente.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Tomei um banho pra relaxar. Não sei como ela ficou nua daquele jeito. Vesti roupas limpas. E ela continuava dormindo. Sentei do seu lado. Vi aqueles seios branquinhos. Rosadinhos. E de tamanho médio. Aquelas pernas lisinhas e os cabelos da sua buceta. Passei a mão nas suas pernas. Ela se mexeu e acordou.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Bom dia! - me disse esfregando o rosto!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Se veste que tenho de sair pra trabalhar!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Ok! Desculpa por ter dormido aqui, espero não ter te atrapalhado.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Sem problemas... Foi você que tirou suas roupas né!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Ah isso! Eu sempre tiro a roupa enquanto durmo. É uma mania.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Ok. - ela se vestiu e foi embora me dizendo que qualquer dia sairíamos a noite.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Liguei no trabalho dizendo que não iria porque estava no hospital com infecção intestinal. Paguei 50 pratas em uma consulta pra conseguir um atestado.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Um mês passou e nunca mais a vi direito. Nem mesmo pelos corredores. Mas sempre me lembrava dela deitada na minha cama. Dormindo na maior tranquilidade. Alguém bateu na minha porta naquela noite. Achei que era ela vindo tomar mais uma das minhas garrafas de vinho. Abri esperando ver aquele shortinho novamente. Só vi um vestido branco com flores amarelas claras. Era Júlia.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Veio visitar a amiga e como ela não estava resolveu dar uma passa no meu apartamento. Abri uma garrafa de vinho. E começamos a beber. Conversar. Escutar música. Quando dei por mim estava beijando ela e tirando seu vestido. Ela não usava sutiã. Seus seios eram pequenos. Cabiam na palma da mão.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Me aperta! - ela dizia no meu ouvido. E eu a apertava pela cintura.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Me aperta mais! Mais! Me bate! Me bate na cara! - demora um tempo pro homem aprender a bater em uma mulher que gosta de apanhar sem machucá-la. Se o tapa sair errado o rosto dela vai inchar ou ficar até roxo. Tem de se bater com a ponta dos dedos levando a mão pra cima. Ai só arde e elas adoram tanto na bunda como na cara.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Ela gostava de ser dominada. De tomar tapas. De fazer tudo que o cara queria. Fazia todas as posições. Era só ter firmeza que aquela baixinha se derretia. Passamos a noite transando. Foi uma boa trepada. Ficamos nessa durante uma semana. E o nível de submissão dela era impressionante. Em uma dessas tirei o pau de dentro dela pra gozar fora.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Abre a boca vadia! - ela abriu a boca. - engole tudo! - gozei e ela engoliu.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Obrigado! Eu te adoro! Faz comigo o que quiser! Você é meu homem! Me come! Me fode!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Ah é! Então deita ai que vou cagar na suas costas!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Não... isso não!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Isso sim! Cala a boca e deita ai! - ela aceitou e se deitou no chão!</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Fiquei de cócoras. Na posição de cagar. Começei a passar a bunda nas suas costas. Ela tremia. Então enfiei os dedos na sua buceta. Ela estava toda molhada. Acariciava sua bunda. Costas. Buceta. E ameaçava que estava saindo. Ela gozou. Gozou de novo. E eu sai dali. A levantei dei um beijo na sua boca e dormimos. Não cheguei a cagar. Nem iria. Só ameacei pra ver até aonde aquela submissão iria.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Júlia passou a frequentar bastante meu apartamento. E nada mais de sua amiga. Quando ela apareceu na minha porta toda arrumada com um cachecol colorido.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Pegue as chaves do carro que vamos dar uma volta!</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Vesti uma camisa e entramos no meu fusca velho.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Trouxe algo para a gente! - me disse enquanto eu dirigia.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- O que?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Um Santa Helena! - tira o vinho da bolsa.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Que bom. Mas vamos para aonde?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Em um bar que conheço! Do Léo!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Vamos beber o vinho antes?</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Não vamos beber lá!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Ok! - seguimos para o bar.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Sentamos. Bebemos. Conversamos. Ela tocava a minha mão com seus dedos macios. Ríamos. Trocávamos gracejos. Mas todas vez que ela vinha com suas sutilezas esperando uma reação mais direta minha. Eu congelava. Ela conseguia me congelar. Queria beijá-la mais do que tudo. Sentir suas unhas nas minhas costelas. Deixar ela cavalgar em mim a noite toda. Fazer o que quiser comigo. Mas eu não conseguia reagir nas suas sutilezas. Bebemos mais um pouco e fomos embora. Quando estacionava o carro ela me parou e disse:</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Nossa! Estava com muitas saudades de você! Deixa eu te dar um beijo pra você dormir bem!</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Segurou meu rosto e me deu um beijo estranho perto da boca, da bochecha e do nariz. Saiu correndo e entrou no prédio enquanto eu guardava o carro. Na minha cabeça veio a música Domingos. Passaram-se alguns dias e Júlia retorna ao meu apartamento. Desde aquele dia não tinha mais visto sua amiga.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Ela se mudou! Foi pra outra cidade! - Júlia respondeu quando perguntei sobre ela.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- Como?! - achei estranho.</p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">- É! ela foi embora! Largou a faculdade e tudo mais. - sai sem camisa e de calça jeans pra ver o apartamento dela.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Bati na porta. Ninguém respondia. Chamei por ela e nada. Girei a maçaneta e a porta se abriu. Não tinha nada lá. Apenas o cheiro estranho do seu perfume e da maconha que fumava o dia inteiro.</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm">Voltei pro apartamento. Mandei Júlia embora e apenas ouvi:</p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>Nos ouvidos um som de violino</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>Na frente uma prateleira de imagens</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>Por fora uma solidão</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>Por dentro uma indiferença</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>Na boca um gosto de solidão</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>No corpo um suéter velho com cheiro de cigarro</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>No rosto um beijo estranho</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>No coração um esperança de novo ter algo novo</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>E</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>Na mente,</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>Um resto</i></p> <p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>De</i></p><p align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm"><i>Humanidade</i></p></div>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-58461446828355945402011-07-28T07:38:00.001+03:002011-08-02T17:01:36.780+03:00Inflação<div><p>Ela se aconchegou<br>
no meu dinheiro<br>
segurou minhas moedas<br>
se derreteu sobre meu ouro<br>
mastigou meus diamantes e<br>
cuspiu cacos de vidro no meu rosto<br>
me cobrou por um beijo...</p>
<p>ELA<br>
era uma PUTA!<br>
Mas eu a amei<br>
como nos meus quatorze anos.</p>
</div>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-7448013448306787572011-06-13T17:11:00.001+03:002011-06-13T17:17:52.229+03:00Fumaça hedonística – Parte I<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU-dAh9b2BWHrnWXI44qF0VG34TJFnben5nredFkZVzrhAiZuFdQbf47WImNHaM9pntcgNW0IC1vvNfF8wUPXIHtXHaaNHpt-Pab-qf1miDiaktmTtTdPwPhoaPoDOak_1Zw-sO3FaoVKh/s1600/Hotel_Room_by_danielamaro.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 307px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU-dAh9b2BWHrnWXI44qF0VG34TJFnben5nredFkZVzrhAiZuFdQbf47WImNHaM9pntcgNW0IC1vvNfF8wUPXIHtXHaaNHpt-Pab-qf1miDiaktmTtTdPwPhoaPoDOak_1Zw-sO3FaoVKh/s400/Hotel_Room_by_danielamaro.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617708389952469410" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Com a chegada da década de 90 as restrições subliminares que a sociedade impôs sobre os demais no quesito saúde afetaram também aos negócios, mas a que mais incomodou o Dr. Alberto foram às novas leis que restringiam o consumo de tabaco – cigarros e derivados – em locais públicos e de trabalho.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Dr. Alberto, advogado, com aproximadamente 40 anos começou a fumar aos 13 anos de idade, aprendeu a saborear o tabaco, os charutos cubanos caros que comprava de um doleiro, o seu cachimbo com fumo irlandês, mas não deixava faltar no bolso de seu paletó o sua velha companheira, uma carteira de cigarro cheia esperando pelo chamado.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Mas além do cigarro o que mais agradava Dr. Alberto nos últimos tempos era a chegar em seu escritório e chamar Emanuela, sua secretária de 22 anos que acabará de começar o curso de direito, influenciada pelo chefe. Emanuela era loira, com um corpo normal, possuía apenas um busto mais avantajado do que as demais mulheres, mas o que deixava Dr. Alberto excitado eram as saias extremamente apertadas de Emanuela, daquelas que iam até o joelho, ver aquele par de pernas longo zanzando pra lá e pra cá fazia Dr. Alberto se sentir no paraíso.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Tentou várias vezes chamar a secretária pra sair, prometia casamento, roupas, apartamento, tudo que ela quisesse, mas Emanuela sempre respondia sorrindo:</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Ah Dr. Alberto, para com essas brincadeiras e vamos trabalhar!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Dr. Alberto sempre ficava pensando quando ouvia essa resposta: “Será que ela acha que estou brincando? Será que ela não entende que quero ela de verdade ou só está jogando comigo pra ver até onde eu iria pra provar que realmente que ficar com ela. Já faz um ano que fico nessas tentativas e ela sempre responde a mesma coisa, se ela realmente achasse que era brincadeira depois de um ano mudaria sua resposta, essa menina está realmente brincando comigo! Mas ainda a pego de jeito!”</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Mas para piorar o desejo de Dr. Alberto, um advogado recém formado, Rubens, que fora recentemente contrato havia se interessado por Emanuela e ela retribuía tal interesse levando cafezinhos e bolinhos para o novo colega de trabalho. Dr. Alberto rasgava pelo menos duas pastas quando via aquela cena e logo mandava Rubens fazer serviço de rua, ficando com apenas um pensamento na cabeça: “Será que é por causa da idade ou ela está me provocando?”</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Não demorou muito e aqueles dois começaram a sair para aumentar o sofrimento de Dr. Alberto, dava dó da tristeza com a qual se dirigia para o escritório e dava medo dos acessos de raiva que passou a ter por conta de qualquer besteira.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Para piorar passou a fumar muito mais em seu escritório, ao ponto de incomodar os funcionários, que sempre se dirigiam a Emanuela:</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Vai lá e fala com o chefe que tá fedendo muito aqui, mesmo com a porta fechada a gente ainda sente o cheiro dos cigarros!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Pode deixar que vou pedir para ele tentar diminuir o cigarro! – Respondia Emanuela e se dirigia a sala do chefe.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Dr. Alberto? – Perguntava batendo na porta.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Pode entrar Emanuela!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Com licença Dr., eu não queria me intrometer na sua vida mas os outros funcionários estão reclamando muito do cheiro de fumaça do escritório do senhor.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Se não queria se intrometer já se intrometeu! Você me vê falando alguma sobre o seu comportamento?! Vê? Vê? Claro que não, ainda mais quando está saindo com um frangote feito o Rubens, isso sim é algo que incomoda os outros! Agora sai da minha sala e vai fazer o seu serviço!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Claro Dr., desculpa incomodar.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Ela sai da sala meio atordoada. Todos no escritório estão estáticos vendo-a se sentar em sua mesa. Escutaram apenas um murmúrios, mas sabiam que havia tomado uma bronca. Foi a primeira vez que Dr. Alberto a tratara assim, nunca havia sido grosseiro com ela. Mas o que mais a incomodou foi a fala sobre o seu recente namoro com Rubens. Percebeu que todas as vezes que achou que Dr. Alberto falava aquelas coisas pra ela não eram brincadeiras. Pensou instantaneamente em largar o emprego. Não sabia se poderia ou não continuar trabalhando ali. E do nada lágrimas começaram a correr em seus olhos.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- O que aconteceu Emanuela? O que ele te falou? – Perguntava Rubens, mas ela só ficava chorando o que acendeu a chama animalesca de proteção da fêmea amada em Rubens.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Eu vou tirar satisfação com ele! Quem ele pensa que é? – Falou Rubens saindo em passos largos e pesados em direção a sala do chefe.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Foi parado apenas por um som baixo, mas ainda pesado que chegou aos seus ouvidos quase como um sussurro. Era Emanuela.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Se você entrar naquela sala estará tudo acabado entre nós!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Aquela pequena frase o congelou. Suas pernas que caminhavam firmes pareciam gelatina agora. Tentou argumentar.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Mas...</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >- Fique quieto e volte ao trabalho! – Foi interrompido antes mesmo de completar uma frase.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Seguiu calado para sua sala. Igual a um preso que segue condenado para a sua cela com apenas o sentimento de ter sido abandonado por todos. Se sentou jogando o peso da dor e do medo que aquelas palavras<span style="mso-spacerun:yes"> </span>caíram sobre sua cabeça.</span></p> <span style="font-size: 11pt; line-height: 115%; "><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Já na sala de Dr. Alberto este estava transtornado com as palavras que havia dito não conseguia pensar direito: “E agora? O que será que vai acontecer? Eu não deveria ter sido grosseiro com ela, e se ela se demitir? Pior que isso, ela agora sabe que estou com ciúmes do relacionamento dela?”. Só passava a mão na cabeça desesperado. Não conseguindo ficar ali, deu o seu expediente por terminado. Foi para casa se encharcar no whisky e em seus charutos cubanos.</span></div></span>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-14865980316930439092011-02-20T00:37:00.001+02:002011-02-20T00:37:38.914+02:00Escrevendo<div><p>Hoje comecei a escrever um romance. Foram apenas duas falas. Mas já era um romance. Pensei em ir para casa abrir uma garrafa de vinho e continuar escrevendo. Briguei com minha mulher e acabei em um bar qualquer discutindo sobre traiçao, relacionamentos e - mais um gole de cerveja - casamento. Depois de duas doses de cachaça e umas cervejas afins, percebi que escrever um romance bebâdo e escrever um romance bebendo é o mesmo que tentar transar depois de tomar um litro de wisky e tomar um blody mary. A bebida é como um insigth de freud mas é também como as brasas de zaratrusta! Alguém tem um isqueiro na mão?</p>
</div>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-80751674027873991442011-01-12T04:59:00.009+02:002011-01-12T05:20:54.412+02:00Passeio na praia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTJmqtU-pSQCfpJwJL46qnh3KKS-mGkRAvZmBf69lzl3Jh47SdVf0-N8mh3d-d9KaP5AtWsnk-U6mFW_GdqnBuHwKSS9F97zAs2pvDU9wj_lDnAkXkf7vBlhyphenhyphenCFGIhK1tNse82-BEFkIAt/s1600/broken_glass_by_zeh235.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 266px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTJmqtU-pSQCfpJwJL46qnh3KKS-mGkRAvZmBf69lzl3Jh47SdVf0-N8mh3d-d9KaP5AtWsnk-U6mFW_GdqnBuHwKSS9F97zAs2pvDU9wj_lDnAkXkf7vBlhyphenhyphenCFGIhK1tNse82-BEFkIAt/s400/broken_glass_by_zeh235.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5561133747461626930" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_yV8DGACqh2A52euQqnPOjk-cU_qRRSlXBgD3Oz-P5RBI8DO638oxy8YKHhPN_lUP4eu1LMkKmxECGvn2ikFqP5d1Pc4BOZN1LdZ38d06WDoh6B7mBiTeFhhxUpvg1qXMsED5bKarzkDU/s1600/broken_glass_by_zeh235.jpg"></a><span><span><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span></span><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Goudy Old Style'; "><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Goudy Old Style'; "><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"></span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Reduzido a estilhaços de vidro<o:p></o:p></span></span></p><span class="Apple-style-span"> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Em um céu psicomântico<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Onde profecias são cantadas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Pelos anjos de néon<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Meteoros se jogam na terra<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Glorioso é o caos do armagedon<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Os formigueiros desmoronam<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Deuses descem do céu<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Cavalgando as esferas de fogo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Os gritos de pavor<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">São orquestrados por Loki<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">A fusão dos universos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Explode em nossos corações<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">As eras passadas se comprimem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Nos dentes serrilhados do alicate temporal<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Glorioso é o caos do armagedon<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Novos espíritos revolucionários<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Nascem da desolação<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Nos templos monoteístas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Multidões cantam o mantra de lótus<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Jovens pederastas fazem sexo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"; mso-ansi-language:EN-US">Chaos</span><span lang="EN-US" style="font-size:14.0pt; font-family:"Goudy Old Style""> </span><span lang="EN-US" style="font-size:14.0pt; font-family:"Goudy Old Style";mso-ansi-language:EN-US">and</span><span lang="EN-US" style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""> </span><span lang="EN-US" style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style";mso-ansi-language: EN-US">love</span><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">A nova ordem mundial<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Farmácias distribuem cápsulas atômicas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Nos asilos os velhos vomitam<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">A ilusão de um passado fracassado<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Os computadores fabricam suicidas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 19px;"></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Crianças cortam os pulsos<o:p></o:p></span></p><p></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style""><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;font-family:"Goudy Old Style"">Glorioso é o caos do armagedon...<o:p></o:p></span></p></span><p></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-24581942239726831932010-09-09T03:35:00.004+03:002010-09-09T03:44:23.050+03:00Nisei<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjxjjWVNQ1PysKEkpnj3iwO7cnSeUy9FBC7XyepiHpAxFgma9-PeY862RuzONPk24JnBaKoSENK4KiCqkfu91auIthw_Sl_1xvY9jEk6oFvmyCSvzHUKYmawqyRclmlbulLaR050WULXVL/s1600/Japan_by_calinuz.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjxjjWVNQ1PysKEkpnj3iwO7cnSeUy9FBC7XyepiHpAxFgma9-PeY862RuzONPk24JnBaKoSENK4KiCqkfu91auIthw_Sl_1xvY9jEk6oFvmyCSvzHUKYmawqyRclmlbulLaR050WULXVL/s320/Japan_by_calinuz.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514706500096056002" /></a><br /><div>Ela parecia</div><div>insaciável<div>seus lábios sugavam</div><div>cada batata como se fosse a última</div><div>sofria de uma fome</div><div>que não podia ser</div><div>suprida.</div><div><br /></div><div>mas o preço</div><div>de cada uma das</div><div>que colocava em sua</div><div>boca</div><div>voraz</div><div>a enfurecia.</div><div><br /></div><div>trouxe o que beber</div><div>aqui em um</div><div>aeroporto</div><div>ninguém se importa com isso</div><div><br /></div><div>é uma realidade diferente</div><div>aquela daqueles</div><div>que fingem ser alguém</div><div>que falam falsamente</div><div>ao telefone</div><div>sobre europa, chile e argentina.</div><div><br /></div><div>termina as suas</div><div>batatas</div><div>e se vai</div><div>com seus olhos</div><div>puchados e</div><div>insatisfeitos.</div><div><br /></div><div>Por Felipe Couto</div></div>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-61146634784507730702010-07-12T15:48:00.001+03:002010-07-12T16:06:39.596+03:00Um lugar para voltar<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8dWeTVAUb6YyngUyFLdZZYZR4ZEPvQul200o8miXVcoMNKgykNZpQOCOxZpYcHid1hiX_qLno7Sk5WddlGDDFoT15F9Hy8-RGi32BuqaEhajB0KoIQMN-Ue0DMth52FTugeN_dyHzqjOt/s1600/warm+red.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 220px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8dWeTVAUb6YyngUyFLdZZYZR4ZEPvQul200o8miXVcoMNKgykNZpQOCOxZpYcHid1hiX_qLno7Sk5WddlGDDFoT15F9Hy8-RGi32BuqaEhajB0KoIQMN-Ue0DMth52FTugeN_dyHzqjOt/s400/warm+red.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493004963595295746" /></a><br /><p class="MsoNormal">Deitei sobre seu peito</p> <p class="MsoNormal">Coberto por minha camiseta</p> <p class="MsoNormal">Preta</p> <p class="MsoNormal">Que cheirava a</p> <p class="MsoNormal">Dois dias de trabalho</p> <p class="MsoNormal">Olhando suas mãos</p> <p class="MsoNormal">Com unhas pintadas</p> <p class="MsoNormal">De roxo</p> <p class="MsoNormal">Que começavam</p> <p class="MsoNormal">A descascar</p> <p class="MsoNormal">As pontas já perdiam</p> <p class="MsoNormal">A cor</p> <p class="MsoNormal">E deixava a cor natural</p> <p class="MsoNormal">Aparecer</p> <p class="MsoNormal">O meu corpo</p> <p class="MsoNormal">Se esgotou</p> <p class="MsoNormal">Cheirava a minerais e a paixão</p> <p class="MsoNormal">O destino havia sido</p> <p class="MsoNormal">Bom</p> <p class="MsoNormal">Me deu um colo</p> <p class="MsoNormal">Para deitar</p> <p class="MsoNormal">Um que não havia</p> <p class="MsoNormal">Pedido</p> <p class="MsoNormal">Mas que agora era</p> <p class="MsoNormal">Meu</p> <p class="MsoNormal">Várias garrafas na geladeira</p> <p class="MsoNormal">Sem sede por álcool</p> <p class="MsoNormal">Só quis ficar deitado</p> <p class="MsoNormal">Ali</p> <p class="MsoNormal">Era a minha casa</p> <p class="MsoNormal">Achei um lugar para voltar</p> <p class="MsoNormal">De todas as bebedeiras</p> <p class="MsoNormal">Do mundo a mais</p> <p class="MsoNormal">Pesada</p> <p class="MsoNormal">É a do amor por uma</p> <p class="MsoNormal">Mulher</p> <p class="MsoNormal">Que te abraça e diz “TE AMO”</p> <p class="MsoNormal">E você sabe que tem</p> <p class="MsoNormal">De voltar</p> <p class="MsoNormal">Para os seus braços</p> <p class="MsoNormal">Os velhotes da segunda</p> <p class="MsoNormal">Geração romântica</p> <p class="MsoNormal">Acertaram em</p> <p class="MsoNormal">Algumas coisas</p> <p class="MsoNormal">Agora com a minha</p> <p class="MsoNormal">Mala nas costas</p> <p class="MsoNormal">Volto para a terra dos homens</p> <p class="MsoNormal">Que amam</p> <p class="MsoNormal">Volto para minha casa</p> <p class="MsoNormal">Para minha mulher</p> <p class="MsoNormal">Para aquela que</p> <p class="MsoNormal">Me aceitou</p> <p class="MsoNormal">Mesmo sem poder</p> <p class="MsoNormal">Dar nada de bom para ela</p> <p class="MsoNormal">Só me aceita</p> <p class="MsoNormal">E este débito não</p> <p class="MsoNormal">Posso pagar...</p> <p class="MsoNormal">É uma dívida perpétua</p> <p class="MsoNormal">E dívidas como essas</p> <p class="MsoNormal">Só se paga com a vida...</p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-13356064878496908952010-02-28T04:57:00.003+02:002010-02-28T05:01:03.598+02:00Caçando<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_C2R0Qm1jF-XC3VbnEi4Qjxni2LhAZyjkVfP7PXP8Eenwjumqv2uURq1byibpAHXULPvaneGmyTTgVnNHxKcOctrHvNHN6bkziVQ4Gv8UPEUWgifBHyc2p7zcP9ODlP8-p8smfnlz2nPa/s1600-h/Carneiro.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_C2R0Qm1jF-XC3VbnEi4Qjxni2LhAZyjkVfP7PXP8Eenwjumqv2uURq1byibpAHXULPvaneGmyTTgVnNHxKcOctrHvNHN6bkziVQ4Gv8UPEUWgifBHyc2p7zcP9ODlP8-p8smfnlz2nPa/s400/Carneiro.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5443123847448980290" border="0" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que poderia acontecer daqui cinco minutos? Comecei a ler um livro sobre carneiros e publicidade, são animais interessantes, sempre comendo e fazendo os outros felizes só de olhar para eles. Só tenho negativas no meu vocabulário. E as batidas na máquina parece que pararam. Talvez tenha sonhado demais e acordei muito rápido para comer tomates no mês de dezembro. Comi todos que estavam na caixa. Tinha apenas 19 tomates. Assassinei todos. Depois disso não sou mais quem eu pensava ser. O jazz parou de tocar na minha mente.<br /></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-78476032606801003452009-11-19T18:18:00.002+02:002009-11-19T18:41:52.824+02:00Asunción de ti<div style="text-align: right;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">A Luz</span></i></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>1</i></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Quién hubiera creído que se hallaba</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">sola en el aires, oculta,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">tu mirada.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Quién hubiera creído esa terrible</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">ocasión de nacer puesta al alcance</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">de mi suerte y mis ojos,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">y que tú e yo iríamos, despojados</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">de todo bien, de todo mal, de todo,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">a aherrojarnos en el mismo silencio,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">a inclinarmos sobre la misma fuente</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">para vernos y vernos</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">mutuamente espiados en el fondo,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">temblando desde el agua,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">descubriendo, pretendiendo alcanzar</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">quién eras tú detrás de esa cortina,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">quién era yo detrás de mi.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Y todavía no hemos visto nada.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Espero que alguien venga, inexorable,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">siempre temo y espero,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">y acabe por nombrarnos en un signo, </span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">por situarnos en alguna estación</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">por desejarnos allí, como dos gritos</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">de asombro.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Pero nunca será. Tú no eres esa,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">yo no soy ése, ésos, los que fuimos</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">antes de ser nosotros.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Eras sí pero ahora</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">suenas un poco a mí.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Era sí pero ahora</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">vengo un poco de ti.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">No demasiado, solamente un toque,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">acaso un leve rasgo familiar,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">pero que fuerce a todos a abarcarnos</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">a ti y a mí cuando nos piensen solos.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">2</span></i></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Hemos llegado al crepúsculo neutro</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">donde el día y la noche se funden y se igualan.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Nadie podrá olvidar este descanso.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Pasa sobre mis párpados el cielo fácil</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">a dejarme los ojos vacíos de ciudad.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">No pienses ahora en el tiempo de agujas,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">en el tiempo de pobres desesperaciones.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Ahora sólo existe el anhelo desnudo,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">el sol que se desprende de sus nubes de llanto,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">tu rostro que se interna novhe adentro</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">hasta sólo ser voz y rumor de sonrisa.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">3</span></i></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Puedes querer el alba</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">cuando ames. Puedes</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">venir a reclamarte como eras.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">He conservado intacto tu paisaje.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Lo dejaré en tus manos</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">cuando éstas lleguen, como siempre,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">anunciándote.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Puedes</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">venir a reclamarte como eras.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Aunque ya no seas tú.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Aunque mi voz te espere</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">sola en su azar</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">quemando</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">y tu sueño sea eso y mucho más.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Puedes amar el alba</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">cuando quieras.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Mi soledad ha aprendido a ostentarte.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Esta noche, otra noche</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">tú estarás</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">y volverá a gemir el tiempo giratorio</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">y los labios dirán</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">esta paz ahora esta paz ahora.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Ahora puede venir a reclamarte,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">penetrar en tus sábanas de alegre angustia,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">reconocer tu tibio corazón sin excusas,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">los cuadros persuadidos,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">saberte aquí.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Habrá para vivir cualquier huida</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">y el momento de la espuma y el sol</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">que aquí permanecieron</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Habrá para aprender otra piedad</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">y el momento del sueño y el amor</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">que aquí permanecieron.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Esta noche, otra noche</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">tú estarás,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">tibia estarás al alcance de mis ojos,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">lejos ya de la ausencia que no nos pertenece.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">He conservado intacto tu paisaje</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">pero no sé hasta dónde está intacto sin ti,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">sin que tú le prometas horizontes de niebla,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">sin que tú le reclames su ventana de arena.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Puedes querer el alba cuando ames.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Debes venir a reclamarte como eras.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Aunque ya no seas tú,</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">aunque contigo traigas</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">dolor y otros milagros.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Aunque seas otro rostro</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">de tu cielo hacia mí.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><i><b>Mario Benedetti</b></i></span></div>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-67219611848696722852009-11-04T14:03:00.003+02:002009-11-10T15:50:46.882+02:00Histoire d'O<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid5tiSccty6XEuFH6FH9M-rDNPbCyFd4Qlw0hh7N7XoF4UWhZJ9853VEaLC3_noqT3Nse2PFS0_iis8bSU9w5gniXvuA45juMvkLGCGQdlMhQ3M08_ol_JRXylRUIhFKZJVnWt5uJx6yHP/s1600-h/histoire_d_o.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 228px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid5tiSccty6XEuFH6FH9M-rDNPbCyFd4Qlw0hh7N7XoF4UWhZJ9853VEaLC3_noqT3Nse2PFS0_iis8bSU9w5gniXvuA45juMvkLGCGQdlMhQ3M08_ol_JRXylRUIhFKZJVnWt5uJx6yHP/s320/histoire_d_o.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400218110092329090" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Teresa tinha apenas uma obsessão para os dias frios de inverno. Assistir filmes com histórias intrigantes e sexuais debaixo de um cobertor. Adorava a sensação dos corpos nus encaixados um no outro. Os pelos fazendo cócegas em seu corpo. Aquela mão passando por sua barriga. E aquela excitação começando a crescer. Tudo isso fazia o filme mais gostoso. O sexo acontecia e as cenas rolavam. O gozo vinha e presos um no outro aguardando o final do filme para deixar a brisa fria roçar nas costas de ambos na ida para o banheiro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Começava o inverno e seu namorado a havia abandonado. Foi traída. Humilhada. Correra atrás dele durante meses a fio. E nestes meses de batalha tinha se aproximado muito de Vadinho. Um dos melhores amigos de seu ex. A amizade dos dois jamais fora tão próxima. Parecia que existia um muro entre os dois quando namorava o amigo de Vadinho. Descobriu que era pelo respeito que ele tinha por seu amigo. Agora Teresa conhecia quem era Vadinho. A batalha estava praticamente perdida visto que seu ex começara a namorar outra garota. E com Vadinho as conversas sempre tinham um cunho sexual. Não havia desejo aparente. Apenas brincadeiras.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Mas algo estava acontecendo. Uma certa curiosidade estava tomando conta de ambos. E Teresa estava decidida a matar essa curiosidade. Sabia que Vadinho não cederia facilmente. Respeitava a idéia de ex de amigos seus. Ele mesmo não importava muito com isso. Mas ainda existiam caras que acreditavam nisso. Vadinho não se importaria em transar com todas as ex de seus amigos. Só não o fazia por respeito a eles. Se bem que muitas delas eram muito belas e atrativas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Ocorre que em uma de suas conversas com Teresa citou que iria assistir História de O. Um filme completamente sexual. Conhecido como o filme que consagrara o pornô-soft. Ela logo se auto-convidou. A imaginação de Vadinho logo alçou vôo. A imaginou nua com ele embaixo de um cobertor encaixada entre suas pernas. Preso. Protegido. Teve uma ereção na mesma hora. Mudou de assusto e deixou as coisas correrem. Mas já havia dito o dia que iria assistir.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Teresa viu ao a oportunidade que esperava para sanar sua curiosidade. Mesmo ele não a tendo convidado se preparou para dar o bote fatal. No domingo a tarde bate na porta da casa de Vadinho. Ele atende e os dois vão para a sala. Ele se assustou com a visita. Mas se excitou. Tinha acabado de começar a assistir o filme. Ali já tinha um cobertor. O sofá cama laranja já estava aberto. Tudo ali era propício. O filme exalava sexo. O sofá exalava sexo. Teresa era puro sexo com seu cachecol no pescoço. Vadinho era o próprio sexo manifestado em um ser humano.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">O filme voltou a rolar. As intenções eram claras. Teresa havia ganhado um cobertor. Agora dividiam o estreito sofá cama. O contato físico de ambos era presente. Só tinham os cobertores entre eles e o possível encontro de seus corpos. Lentamente foram se encaixando um no outro. Assistindo o filme lado. O cobertor ainda atrapalhava. Instantaneamente ambos ergueram seus cobertores e dividiam um só. Vadinho começava a mostrar sua empolgação masculina crescendo ao se encontrar com as costas e anca de Teresa. As meias foram as primeiras a sumir. Arrancaram uma do outro com seus pés. Seus corpos sabiam claramente como se livrar dos empecilhos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Os seios de Teresa começaram a sair de sua blusa. Havia ido sem sutiã. Não queria dificultar os toques de Vadinho. Um gemido suave saiu de sua boca no instante em que alcançava as nádegas de Vadinho. Prendeu suas unhas nela. Sentiu então a força rígida que logo a penetraria lhe encostar. Lubrificou. Vadinho fez questão de conferir. Colocando dois dedos levemente entre as pétalas de Teresa viu escorrer em seu dedos o néctar que ele havia provocado. Levou os dedos a boca de Teresa. Ela engoliu seu próprio sabor como se fosse a primeira vez. Ele quis beija-la. Retirar o que restava daquele néctar. Suas língua se fundiam em contorções.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">No ápice de excitação as roupas já não estavam mais ali. Se prenderam um no outro. ele levou seu falo para dentro da cona de Teresa que teve uma leve contração. Era o encontro de um furor que a muito estava estancado dentro dela. Os movimentos de Vadinho eram lentos. Queria sentir seu falo ser encoberto pela cona sedosa e quente de Teresa. A cada penetração ambos pareciam morrer. Seus corpos estavam em puro êxtase. Suas carnes tremiam. Seus sexos descarregavam, mas continuavam a se encontrarem e desencontrarem. Gozaram juntos. Gozaram separados. Ficaram juntos durante quase uma hora de filme. Descansaram com a melodia romântica que tocava no fundo da sala. O filme ainda não havia acabado. Mas aqueles corpos estavam esgotados. Sugaram um do outro todo o vigor que um possuía. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Ejetado o DVD. Se despediram com um beijo no rosto. Ela saiu como havia entrado.</span></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-3515515576101596712009-08-27T16:47:00.003+03:002009-08-27T17:09:15.279+03:00Muito bem...<p class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style=" ;font-family:Georgia;color:black;">sempre estou com o último cigarro<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">com a última cerveja</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">com a última conta<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">esperando a última gota<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">de esperança se esvair<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">dos meus olhos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">Dexter Gordon<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">tocava bem,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">eu minto bem,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">me engano sempre e<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">engano os outros muito bem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">eles querem ser enganados<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">querem minhas mentiras<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">ouvem atentamente as elucubrações<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">de sanatório que regurgito<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">acham algumas vezes que sou<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">inteligente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">mas não sabem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">que estou sempre me acabando<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">sendo comido por dentro<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">pela futilidade pedante<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">que me deixo levar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">todos ao meu redor são assim<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">mentem muito bem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">atuam junto comigo em<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">uma peça muito bem ensaiada<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">pedi demissão desse grupo de teatro<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">voltei para os meus últimos cigarros<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">minhas últimas cervejas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">e minhas últimas contas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">para esperar essa última<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">gota de esperança<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">escorrer<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">e se misturar ao mundo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">numa explosão de supernovas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">que me levará ao oriente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">a templos budistas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">me deixando de fronte a<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">BUDA<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">para andar na palma de sua mão<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">me sentar nela<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">e lhe contar as minhas profecias<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">fazer dele meu discípulo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">lhe ensinar o poder da embriaguez<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">consciente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">enquanto me embriago<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">com as mais lindas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">pernas orientais que giram o mundo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">em seu compasso diminuto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">vamos subir nas mais altas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">torres e comer pão a céu aberto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">deixar cair as migalhas nos transeuntes<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">rasgar livros para que montem o quebra cabeça<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">e deixar tudo isso para andar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">nas conchas do pacífico <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">depois iremos nos despedir<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">pois estarei andando e entrando<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">nas abobadas mais amorosas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">e quentes que já se viram<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">busco nelas a paixão de me fazer<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">PARAR<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">RESPIRAR<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">E MORRER<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">mas antes de todo esse cataclismo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">hipnótico<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;"><o:p>o último cigarro</o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">a última cerveja<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Georgia;color:black;">a última conta</span></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-4940529290502020602009-07-29T22:06:00.000+03:002009-07-29T22:09:53.033+03:00Canção do vento<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Eu deveria salgar minha língua</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Para tirar essa abissal doçura poética</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Que formiga nos meus lábios</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>E se acaba no papel</i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i><br /></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><o:p><i> </i></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Deveria ouvir mais os meus amigos bêbados</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Desnudar meu corpo</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>E sangrar a céu aberto</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Correr entre os carros que passam</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Desgovernados </i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Gritando ao ouvido de seus motoristas</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Que parem o motor e liguem a vida</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><o:p><i> </i></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Deveria rir das piadas que conto</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Sem fingir que sou bom</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Fazer correr nos meus olhos</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>As cores vividas da terra</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Deixar os atabaques cantarem</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Os meus passos</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><o:p><i> </i></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Deveria me entregar ao mundo astral</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Transar com os deuses e com todas</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>As constelações</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Deixar o sol se por e</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Se levantar quando estender a</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Noite que é sempre ávida</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>E cheia do amor puro e sensual</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Da adolescência</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><o:p><i> </i></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Deveria lembrar que os meus ombros</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Sempre doem no fim do dia</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Que minha cama está sempre vazia</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>E o chão coberto de mim</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><o:p><i> </i></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Devo, devo, devo...</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><i>Preciso, preciso, preciso... </i></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-88337513303577941002009-06-11T19:23:00.000+03:002009-06-11T19:35:12.714+03:00Maridos complacentes<span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><div>donas de casa<br /></div><div>entediadas</div><div>procuram empregos,</div><div>voltam a</div><div>estudar,</div><div>montam empresas</div><div>fazem tudo</div><div>para fugirem da</div><div>rotina</div></span><div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">deveriam</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">sair</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">para beber e</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">arrumar amantes.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">um por noite,</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">um por bar,</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">um por</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">cada</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">desgosto</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">e não</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">sair</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">derramando seu</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">desencantamento</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">nos outros</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">ou em coisas</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">deviam comprar</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">novas</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">lingeries,</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">se deixarem</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">molhar</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">por falas de</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">estranhos,</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">usar</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">mini-sais</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">para serem cobertas</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">de prazer</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">no lugar</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">disso</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">querem novas</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">mesas e</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">novas rotinas</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">querem continuar</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">secas</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">querem seus</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">maridos complacentes</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">me deixam</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">no balcão de bares</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">mamando a minha</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">cerveja</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">enquanto soltam</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">o tédio no ar</span></div></div>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-157826970524435802009-05-29T23:37:00.000+03:002009-05-30T03:34:18.463+03:00The real folk blues<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihZKtUnyNgetUnUfTmB0XLyHRUz33_hYhp14cEujr4anQbPUSoyrIafGTF4VjITEwEkVG7qWkroBIoffamhSVov00nT6sDb6z1coDN0yt4kMTWxouR3H0G1IwfHYBV_SmI73C-aSsPmG0s/s1600-h/the_blues_by_puncturedscrotum.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 224px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihZKtUnyNgetUnUfTmB0XLyHRUz33_hYhp14cEujr4anQbPUSoyrIafGTF4VjITEwEkVG7qWkroBIoffamhSVov00nT6sDb6z1coDN0yt4kMTWxouR3H0G1IwfHYBV_SmI73C-aSsPmG0s/s320/the_blues_by_puncturedscrotum.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5341349573812155954" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Tinha acabado um livro de Kerouac e vesti meu blue jeans pensando que definitivamente não sou como os beat’s. Eles amavam o jazz. Prefiro um blues. Gosto de ouvir Sony Boy com sua gaita me fazendo esquecer da poeira que bate nos meus olhos todos os dias. Ainda mais aqui onde só se tem construções. Até que eu chegue no metro vai ter muito chão e muito pó. Prometi levar dois livros pra dois amigos. Mas para comprá-los vou ter de andar muito. Pelo menos até o metro e depois dentro de sebos e livrarias. Mas a minha recompensa será uma boa cerveja na volta. Meu aniversário chegando e eu indo comprar presentes para os outros.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">A estação se parece com uma sala de espera. Daquelas onde ninguém se conhece, mas sabe o porquê de se estar ali. Todos se olham e praticamente se conhecem. Dividem o mesmo fato. A mesma história por alguns minutos. Mas ao se passar da porta do metro as coisas mudam. Ainda mais no final do dia. Os rostos cansados, abatidos e domestificados dos trabalhadores mostram o resultado de seu trabalho. Os únicos que não parecem cansados são os jovens com menos de 18 anos. Ainda não sentiram a humilhação de se vender e valorizar o fruto da sua venda pessoal.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Um banco vaga ao meu lado. Todos se olham. Me olham. Esperam que eu sente. Esperam. Me olham denovo. O banco ainda está vazio. Um careca senta com a satisfação de um animal quando recebe um carinho do dono. Mas o seu sorriso não muda por muito tempo, logo ele se junta a multidão de pessoas cansadas. Apóia a cabeça na palma de sua mão e o cotovelo na janela. Mesmo que por uma estação ele deixará o peso da sua vida escorrer naquele banco.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Na minha cabeça ainda vem à melodia de Sony Boy. Sua gaita é impressionante. Me faz até ter um sorriso bobo estampado na cara. O ritmo balbuciante do metro nos trilhos me lembrou a sua batida. A boa música não vai me abandonar. Ela nunca abandona quem a espera.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Na última estação eu desço. Horário de pico. Final de expediente. Milhares de pessoas rodeando o mesmo lugar. Acima da estação de trem há uma central de ônibus com dezenas de bancas ao redor, pode se comprar de tudo ali. De aparelhos eletrônico a um bom estimulante mental. Ali é onde toda a população que conheceu apenas a moral do operário se encontra. Esse é o meu lugar. Onde acho os meus iguais. Pastores evangélicos pregam nas escadas, e seus fieis distribuem folhetos prontos para lhe conceder o perdão dos seus pecados e o Reino dos Céus de forma instantânea. Mendigos rodeiam os bares pedindo mais um trago diário.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">É fácil identificar as prostitutas que rondam os ônibus. Elas são as únicas a terem a maquiagem muito bem feita e provocante. No final de expediente. Não há baton que resista na boca de uma mulher que trabalhou oito horas seguidas. Mas o dia para a prostituta só está começando, a noite é o seu local de trabalho. Seu andar tem um balançar único. Elas sabem como movimentar suas pernas. Poucas são a mulheres que sabem mexer as pernas como se deve.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Chegando a porta da estação tenho duas escolhas, ir para a esquerda ou a para a direita. A direita irei para um Shopping atrás da minha busca literária. A esquerda tenho a possibilidade de respirar o cheiro de urina jogado no concreto frio de uma galeria de lojas que um dia foi um centro de diversões para adultos. A pior escolha deve vir primeiro. O Shopping. Nunca aprendi a andar nesses lugares. As mulheres ali nunca me excitam completamente. Me sinto ignorado, inexistente. Perdi uma hora em vão. Não achei o que <span style="mso-tab-count:1"> </span>queria.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">A minha recompensa está há alguns metros dali. O antigo centro de diversões. A sua imagem a distância é bela. O concreto me chama com sua frieza. Um cigarro vem a minha boca quase que instantaneamente. Essa fumaça me alivia. Sua cor acinzentada é pura. Como as galerias que me esperam. No meio dessas galerias encontrei três igrejas evangélicas, vários cafés, lojas de discos, sapatos, livros jurídicos, um velho sebo que estava fechado e vários bares no centro de todas as lojas. Tinham mais três cinemas pornôs onde se paga de <st1:metricconverter productid="10 a" st="on">10 a</st1:metricconverter> vinte 20 e recebe um pacotinho de lenços de papel para se limpar ao término da sessão. Cada cinema pornô parecia competir com cada igreja.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Escolho o bar. A mesa. A cerveja e logo arrumo companhia. Um contador se senta na minha mesa. Ofereci um assento para ele.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Tudo bom? Prazer meu nome é Carlos. – se apresenta depois de sentar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Com tantas mulheres passando e se oferecendo pra nós por apenas uns trocados logo nossa conversa cai sobre como as mulheres podem ser safadas. Ele começa então.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Cara, eu era amante de uma mulher. Ela largou o marido e hoje nós namoramos. Olha pra tu ver como são as coisas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Tu já aceitou que é corno? – dou uma boa golada na minha cerveja e espero a resposta.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Que isso cara! Ela não faria isso! – me respondeu com os olhos estufados, dou mais uma golada pra poder dar a resposta que ele já sabe.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Ela traia o marido com você, agora ela te trai com outro. Nunca subestime uma mulher que conheceu o sexo nos braços de outro homem. – ele coça a cabeça, se preocupa e muda de assunto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Algumas cervejas depois e quase uma carteira de cigarro vou voltar pra casa sem os livros e com um jornal ganho gratuitamente na estação de ônibus. Com o nome perfeito, o jornal se chama “O Coletivo”. Um bom jornal, tem notícias locais e do mundo todo, além de uma seção de variedades. No metro ainda há os trabalhadores cansados. O balanço recomeça e a batida do blues me vem a cabeça.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Uma loira se encosta no primeiro apoio depois da porta do metro. Deveria ter uns 40 anos de idade, mas o tempo parecia não ter tocado muito o seu corpo. Tinha apenas as mãos um pouco machucadas. Com as unhas feitas, das mãos e dos pés, uma calça que realçava o formato de seu corpo ainda capaz de ceder a noites e mais noites sobre uma cama qualquer. Ela limpa o rimel de seus olhos. Todos os homens ao seu redor a observam, pelo menos por alguns instantes, até sentirem que aquela mulher de olhos verdes era irredutível. Com uma aliança de casamento nova no dedo, ainda brilhava bastante, o marido deu de surpresa para ela, talvez tentando renovar os votos de um casamento de anos, era maior que o seu dedo, deslizava, mas não caia. Por isso deveria ser um presente surpresa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Ela tira metade de uma barra de cereais de sua bolsa. Deve trabalhar muito. Nem teve tempo de comer aquela pequena barra inteira. A devora. Seu rosto mostra que sentira o sabor da satisfação. Aplacara sua fome. Ninguém parecia mais a observar. Eu não deixaria de olhar para uma mulher tão melodiosa. Ainda mais quando percebo seus olhos incharem. Limpa novamente o rimel. Faz isso várias vezes. Começou a chorar. Um choro contido. Preso dentro do peito. Limpava cautelosamente para que nenhuma lágrima escapasse de seus dedos ágeis. Mas lágrimas são pesadas. As dela pareciam de chumbo. Uma consegue fugir de sua agilidade. Escorre e vai parar na ponta de seu lábio superior. Limpa e contém o choro. Ninguém viu essa lágrima cair.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Em alguns instantes chegarei na minha estação. Seguro no mesmo apoio que ela. Espero as portas se abrirem. Me aproximo de seu ouvido e digo a única coisa que poderia sair da minha boca.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Foi lindo, te ver chorar!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Desço e paro diante da porta. Acendo meu último cigarro e volto pra casa. Quero terminar de ler “O Coletivo” ainda hoje.<o:p></o:p></span></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-10044819115962361772009-05-18T21:42:00.001+03:002009-05-27T17:11:53.657+03:0012 mortos e 13 feridos no Azerbaijão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZLqKsUymGCP1Ce7QFtocMF8oNNRi9mMBWmuFTM-K_oQ9x1m1vj6HCIsLHhQleKFpb7Jde3LiZYkOpWR1WNo_sigj98rX4RC30TlnAPvbofCRP-1XSXLgU16QjHN1a-4fJB8ZKOYy1DJCH/s1600-h/Marakov-kit3a.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 341px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZLqKsUymGCP1Ce7QFtocMF8oNNRi9mMBWmuFTM-K_oQ9x1m1vj6HCIsLHhQleKFpb7Jde3LiZYkOpWR1WNo_sigj98rX4RC30TlnAPvbofCRP-1XSXLgU16QjHN1a-4fJB8ZKOYy1DJCH/s400/Marakov-kit3a.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5337237029027320146" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Sai para mamar uma cerveja enquanto decidia se iria ou não procurar emprego. Sentei em um bar qualquer e fiquei ali olhando pra uma tv no lado esquerdo do balcão. Só vendo os rostos passarem sem significado. A razão de todos os bares terem um tv sempre foi um incógnita pra mim. Acredito que seja para os garçons não ficarem entediados. Mas um rosto teve significado. Era Gadyrov. Um dos meus vizinhos. Tinha se mudado para cá há uns três meses. Veio do Azerbaijão. Bebia e fumava o dia inteiro. Trabalhava como tradutor de francês para uma editora. Mas o que ele teria feito?<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Aumenta o volume da TV ai! – disse pro garçom que nunca deve ter ouvido esse pedido na vida dele.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Só um minuto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">A repórter estava na porta de uma Universidade no Azerbaijão e dizia que o jovem Gadyrov matara 12 pessoas e ferira outras 13 antes de se matar. E que ninguém sabia o motivo deste ato bárbaro. Não pensava que ele seria capaz de algo assim. Tinha sumido à duas semanas. Conversei com ele umas cinco vezes nesses três meses que ele estava morando no apartamento do lado. Em uma dessas vezes ele me chamou para beber na sua casa. Disse que tinha umas cervejas e uma garrafa de um bom vinho tinto. O vinho era bom. Seco. Do jeito que eu gosto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Ele me contou a sua história. Que dois anos atrás sua noiva o largou. Mesmo ele tendo pagado os estudos dela. O motivo é que ela conhecera um mundo diferente. Que o mundo acadêmico era diferente do mundo que ele oferecia pra ela. Gadyrov era uma boa pessoa. Morou três anos na França e tinha voltado pro Azerbaijão para trabalhar como tradutor de francês. Conheceu Ólya quando ela trabalhava como garçonete em uma lanchonete. Começaram a namorar e ela mudou pra casa dele.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">O romance tinha começado bem. E Gadyrov estava cada dia mais apaixonado. Dava inúmeros livros para Ólya ler. Ensinou pra ela o francês e fez ela retomar os estudos. Ela não havia terminado o ensino médio. Tinha parado no fundamental. Disse que se ela se saísse bem ajudaria ela a pagar uma faculdade. Ela era inteligente. E esforçada. Não perderia uma oportunidade de mudar de vida assim. Estudou e entrou para a Academia Estatal do Petróleo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">O que era um sonho foi se enfraquecendo aos olhos de Gadyrov. Ela que só o via. Agora tinha amigos. Colegas de estudo. Trabalhos para fazer. Começaram a se distanciar. Só não se distanciaram na cama. Era um alívio pra ele. Provava que ela ainda era dele. E pra tentar resolver o problema da distância a pediu em casamento. Se com mulheres isso resolvesse a taxa de divórcios e o número de bêbados nos bares a tarde não seriam tão grandes.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Então o esperado aconteceu. Ela o largou. Ele contava isso chorando e bebendo no gargalo da garrafa de vinho. Chorou mais um pouco e secou a garrafa. A jogou dentro do banheiro onde tinha mais umas duas. Enxugou as lágrimas e começou a esbravejar:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Um dia ainda mato aqueles professores, aqueles monitores que tiraram ela de mim! – gritava engolindo o choro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Que isso Gadyrov, os caras não teem culpa! Ela foi embora porque quis, elas sempre inventam desculpas, mas vão porque enjoaram da gente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Não foi isso, sempre nos entendemos bem! Aqueles professores falaram pra ela ir estudar fora, que ali e casada ela não teria futuro!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Calma ai Gadyrov, acabou porque tinha de acabar, tudo o que você poderia oferecer pra ela já tinha sido oferecido. Ela queria mais, só isso! Me dá uma cerveja ai!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Eu poderia oferecer muito mais pra ela, uma casa boa, uma família...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Mas ela queria mais que isso, ou nem isso!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Chorou mais um pouco e desabou. Fechei a porta levando comigo seis cervejas como pagamento pela conversa e fui embora. Toda vez que o encontrava depois disso ele estava bêbado. Gritava que iria matar aqueles que tiraram Ólya dele. Fazia esse show todos os dias na porta do prédio. Eu ficava na janela bebericando uma cerveja e assistindo o pobre gritar até se cansar. Caia sentado no chão e o porteiro do prédio o levava pro seu apartamento. Só escutava a reclamação.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Esse cara não aprende mesmo, todo dia tenho de traze-lo pro seu quarto, não recebo pra isso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">A vida é sempre põe uns loucos no mundo. Alguns só fazem promessas de fazer loucuras. Mas de vez em quando tem aqueles que cumprem o que prometem. E Farda Gadyrov foi um desses. Matou 12 e deixou 13 feridos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Mais uma cerveja! – sem isso não dá pra engolir a notícia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Notícia retirada do site:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;"></span><a href="http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ataque-a-universidade-no-azerbaijao-deixa-12-mortos,363421,0.htm">http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ataque-a-universidade-no-azerbaijao-deixa-12-mortos,363421,0.htm</a><span style="font-family:Georgia;"><o:p></o:p></span></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-74544474105616827842009-05-15T00:06:00.000+03:002009-05-15T01:24:54.054+03:00Duas latas de cerveja e um rosto estatelado no pára-brisa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge9EIEha74du8j34Iv4XI0WG-5N5fZFJSqB45YEpzfDEO67ExwFs8_hAeLQncj5i0ZzSiwsmXi7iiP-bRQvbwBd_wwyp2-M4jyXff9QXxVWgpKgxK3o-oasgVoiknBlBexyBj0IwItnkC8/s1600-h/carro.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 297px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge9EIEha74du8j34Iv4XI0WG-5N5fZFJSqB45YEpzfDEO67ExwFs8_hAeLQncj5i0ZzSiwsmXi7iiP-bRQvbwBd_wwyp2-M4jyXff9QXxVWgpKgxK3o-oasgVoiknBlBexyBj0IwItnkC8/s400/carro.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5335794421622259842" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none"></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Faz dois anos que estou morando com Ann. Nem sei direito como isso aconteceu. Parece que ela morou durante quase dez anos com um cara que a maltratava. Que ele nunca a respeitou direito. Bater não batia. Mas era grosseiro. Eles terminaram e eu estou aqui com Ann e nesse tempo que moramos juntos só trabalhei quatro meses. Ganhei algum dinheiro. Emprestei trocados para alguns amigos. E bebi o resto. Talvez tenha pagado umas duas ou três contas. Fora isso ela sempre me sustentou. Cada trago tomado e cigarro que caiu na minha mão saiu do bolso dela. Não há orgulho <st1:personname productid="em trabalhar. Nem" st="on">em trabalhar. Nem</st1:personname> humilhação em ser sustentado. Hoje é sábado. Ela vai fazer um curso em outra cidade. Está tentando arrumar um terceiro emprego.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">- Volto depois das 9:30 da noite!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">- Ok... e quem vai te buscar?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">- Um colega do trabalho!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">- Tudo bem então, faço alguma coisa pra comer, mas me deixa algum trocado!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Me deixou dez pratas. A buzina tocou lá fora e ela foi embora. Liguei a tv e assisti três horas de imagens coloridas. Desde que inventaram o controle remoto e o botão de mudo assistir televisão se tornou um programa mais divertido. Bebo algumas cervejas e fico imaginando o que as pessoas na tela estão falando. As vezes tento fazer leitura labial. Parece que sou bom nisso, poderia até arrumar um emprego de leitor labial. Ou será que eu queira acreditar que tenha alguma habilidade além de beber e dormir. Dormir é o que faço melhor. Exceto me masturbar. Até bater na máquina perde o sabor se tenho um travesseiro ou batendo uma punheta. Agora é hora de uma boa cochilada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Durmo umas duas horas a fio. O sofá azul de veludo que Ann comprou depois que eu vim pra cá é o melhor lugar para descansar. É macio e sedoso. Já dormi em lugares ruins. Em camas estreitas. No chão. No carro. Ao relento. Posso me dar ao luxo de dormir em um sofá azul de veludo. Um banho e uma punheta. Essa é a melhor decisão do meu dia. Até vou fazer a barba pra ficar mais novo. Tenho de deixar os buracos deixados pelas espinhas no meu rosto respirarem de vez em quando. Umas lâminas depois. Ganho três a quatro anos a menos na minha aparência. Tinha de parecer bonitão. Ou pelo menos simpático pra não sofrer nenhuma rejeição imediata já que ia para uma festa. Ganhei de um convite de um amigo para essa festa em um grande clube. O cara ia ser o porteiro. Nem revistado eu seria. Não tocariam na minha intimidade. Minhas bolas estariam a salvo de um aperto brutal.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Pego o carro zero comprado a prestação por ela, dou uma olhada no retrovisor. E vamos gastar as dez pratas diárias ganhas por parasitar essa casa. O clube já estava cheio. Para o carro em uma rua colateral. Aceito o pedido de um garoto para viajar o carro e vou para a entrada. Áquila, era o nome do cara que me deu o convite. Ele está lá sentado em um cubículo recebendo o dinheiro e fazendo sorrisos agradáveis para pessoas estranhas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">- E ae cara, é só entrar!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">- Pode ir lá, já dei seu nome pra Regina!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">- Regina, esse ai ta liberado. – ele grita da cabine usada como caixa para a venda de convites.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Ninguém tocou em mim. Passei pela portaria e fui atrás logo é de onde se vendiam bebidas. Uma mulher lá pelos quarenta e cinco anos me atende com um sorriso vendido. Compro uma cerveja e vou olhar o lugar. Estava cheio de gente nova. Garotos que não passavam dos vinte anos de idade. Pulando ao som de uma batida infernal. Só tinha batida a música, parecia que alguém cantava, mas não se ouvia nada além de batidas. O local parecia um ritual tribal. Todos dançando. Alguns casais se pegando nos cantos. Outros tentando a dança certa para acasalar. Rapazes já sem camisa e garotas com mini roupas. As mini roupas são maravilhosas. Mas as batidas me expulsaram dali.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Voltei para a entrada da festa. Áquila provavelmente seria a única companhia que teria aquela noite. Passei algumas horas conversando com ele. O assunto principal foi à música. O sexo. As garotas loucas pra achar alguém que lhes pagasse uma bebida. Que no máximo dariam uns beijinhos no cara. Mas se na chave do carro tivesse um emblema caro, ela seria dele aquela noite e mais algumas até conseguir o que queria. Gostava disso. Conhecia o jogo. Perdia sempre. Mas conhecia o jogo. Sempre fui procurado por garotas estranhas. As loirinhas com maquiagens muito bem feitas nunca vieram pra mim. Se vierem um dia meu vigor e vontade de tê-las já não será mais o mesmo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Mais duas cervejas e é hora de voltar pra casa. Vou preparar um grude antes que Ann chegue. Tenho de buscá-la em um posto de gasolina onde o seu amigo vai deixa-la. As minhas noites têm sido assim há algum tempo. Poucas mulheres. Ou nenhuma. E muita conversa de bar. No balcão ou na mesa de bar sempre se acha bêbados diferentes. O mundo é cheio deles. E cada um tem uma história diferente para lhe contar. Mas todos já tiveram a melhor mulher do mundo. Conheceram o que é o amor e a riqueza. Mas é a vida como eles dizem. Uma hora se ganha, outra hora se perde. Eu não tenho nada a perder. Nunca tive a melhor mulher do mundo. Conheci pouco do que dizem ser o amor. E nunca fui e provavelmente nunca serei rico. Vivo parasitando uma mulher desiludida com a idéia de amor e relacionamento entre homem e mulher. E se um dia eu tiver todas essas coisas saberei como viver sem tê-las.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Dou uns trocados para o garoto que vigiava com os olhos fixos no meu carro e vou embora. Minha noite estava normal. Passava os olhos nas garotas que andavam de salto alto pelas ruas. Os travestis já estavam trabalhando no lugar de sempre. E já tinha tomado algumas cervejas. Só não esperava que depois de virar uma rua que dava para uma avenida um bêbado em uma lambreta velha atravessaria na frente do meu carro. Ainda olhei as meninas que estavam do outro lado da rua esperando eu passar para atravessar começarem a gritar quando eu ia bater em um infeliz. Voltei os olhos para o bêbado que começava a subir em cima do capo do carro. Nossos olhares se cruzaram. Ficaram fixos um no outro durante poucos milésimos de segundo. Ele voava para cima de mim. Se não fosse o para brisa parando a sua face e fazendo seu nariz quebrar ele teria vindo diretamente sobre mim.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Com o pé atolado no freio o carro para e joga o bêbado na rua. Ele cai nos pés das garotas que estavam na beirada da rua. Elas continuaram a gritar. O cara estava no chão. Em segundos a rua que estava vazia lotou de gente. Chamei uma ambulância e a polícia para fazer uma ocorrência do acidente. O cara se levantou e recusou tratamento médico. Implora para que não chamasse a polícia. No mesmo instante aparece um carro amarelo e busca o atropelado. Deixou moto lá mesmo e foi embora. Deixou o carro de Ann amassado e um monte de asas de frango espalhadas pela rua. Havia ido ao açougue buscar frango para assar em um churrasco. Um amigo do atropelado vem até mim bêbado. Dizendo que o cara realmente estava mais bêbado do que ele e que pagaria todo o conserto do carro porque ele não era de beber e era um bom homem que assumia suas responsabilidade. Acreditei no amigo bêbado do atropelado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;mso-pagination: none"><span style="font-family:Georgia">Que importa o conserto do carro. Queria ver como eu explicaria para Ann o ocorrido. E estava perto da hora de buscá-la. A polícia chegou anotou tudo que tinha de anotar. A ambulância veio, mas o atropelado tinha já sumido. As pessoas começaram a ir embora e eu também fui para casa. Lá liguei para o celular de Ann e a avisei sobre o acidente e que não poderia ir buscá-la no posto e que o amigo dela a trouxesse para casa. Na hora que lhe contei nem gritou ou falou alguma coisa a mais. Apenas disse que estava tudo bem e que quando chegasse as coisas iam se resolver. Tomei um banho. Botei uma cueca e fui para o quarto deitar. Antes de pegar no sono só conseguia ver o rosto estatelado do cara no meu pára-brisa. Um segundo realmente pode ser uma eternidade quando se passa por um acidente de carro.<o:p></o:p></span></p><p></p><p></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-87430210486096978682009-05-11T20:27:00.000+03:002009-05-12T23:53:42.152+03:00Escritores, cachaça e elucubrações<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMdeTIY-evDKTTIPu76UpUfDkdbUKtTXPUQYQmHPlC1gzqxu23PGEc09XwrPK5OpPHrc4cQKVzjlaKSnoGMjiPug9e1iXQAuWklOfMy07pVlHKojpBboC5-LqDOcDgze5bZzSQejyzZWGm/s1600-h/Bebendosozinho.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 160px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMdeTIY-evDKTTIPu76UpUfDkdbUKtTXPUQYQmHPlC1gzqxu23PGEc09XwrPK5OpPHrc4cQKVzjlaKSnoGMjiPug9e1iXQAuWklOfMy07pVlHKojpBboC5-LqDOcDgze5bZzSQejyzZWGm/s200/Bebendosozinho.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5334622620911112178" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Quase todo sábado Sousa vinha a minha casa para bebermos em algum lugar. E essa semana não seria diferente. As vezes nem bebíamos. Apenas saiamos andando por ai. Rodávamos a cidade. Sousa escrevia e sempre me mostrava seus manuscritos. Nunca gostei de ler nada de outros escritores. Mas a maioria das pessoas que conheço são escritores. Também escrevo. Mas a minha pretensão é pequena. Não quero um best seller. Ou um nobel. Só escrever me basta. Se pudesse viver das minhas batidas no teclado, tudo bem. Não me preocupa isso. Mas para Sousa era algo diferente. Cada volta que dava gravava na cabeça as idéias e maneira de ver as pessoas. Essa era a maneira de se inspirar. E escrever isso é o que o motivava. Pra ele sua escrita tem uma importância gigante. Só não morreria por ela. Talvez ninguém morresse pelo que se escreve.<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Então saímos no seu carro e fomos buscar sua esposa no trabalho. Era casado e com dois filhos. Suas responsabilidades nunca afetaram seu romantismo. Tinha quase quinze anos a mais que eu. Começara a escrever tarde. Fez curso superior. Pós-graduação e virou um literato. Sousa vivia de nostalgia. Me levava para lugares que achava que não conhecia. Me subestima o tempo todo. Talvez seja isso que o faz andar comigo. A idéia de ter coisas pra me mostrar. Ele gosta disso então não me importo. Até gosto do jeito estranho que ele tem de conviver comigo. Pelo menos não é apelativo como os outros que lutam para manter uma amizade. Só andamos juntos e bebemos de vez em quando. Pra mim isso basta. Um bar e algumas cervejas na mesa. Meus melhores amigos são os meus companheiros de bebida. Enquanto se bebe. Só se bebe. Não se precisa de mais nada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Fomos em um mercado ao ar livre provar uma cachaça que ele dizia que era uma das melhores que já havia tomado. Na banca veio um senhor gordinho. Com o rosto vermelho. Esse realmente era o lugar certo. E a bebida deve ser muito boa ou o cara é realmente muito infeliz pra já estar mamado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Aqui tem a melhor cachaça da cidade! Como vai seu Luis?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Como a vida manda rapaz!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Baum, baum. Tem daquela cachacinha pra dar um bico ai?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Na hora! Pode ser na cuia mesmo?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Oh, se pode!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Essa é boa mesmo!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Quer provar rapaz? – Me pergunta com um olhar complassivo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Manda ai!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Não consegui tomar em um gole só. Era boa, mas forte.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Ai ó seu Luis, o rapaz até se engasgou! Ha, ha, ha, uhhh, ha, ha, ha...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Boa mesmo a cachaça!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Não te disse que era boa! Então seu Luis, tem uma garrafa dessa pra me vender ai?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Tenho só mais uma aqui, mas te faço ela por 10!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Me dá três ai!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Só tenho cinco!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Toma dois então e me dá os cinco! Aqui seu Luis, obrigado!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Mais um bico?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Na hora!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- E você aceita mais um bico também?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Não, não, pra mim já ta bom!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">De volta pro carro continuamos a andar pela cidade até dar a hora de buscar a mulher de Sousa. Passando pelo centro da cidade tinha um bar aberto com um monte de prostitutas. Sousa queria parar. Mas lembrou da esposa e disse que nunca poderia leva-la em um lugar desses. Mas que queria voltar lá sem ela. Ele é daqueles que escrevem sobre as grandes experiências que tem. Vai em lugares estranhos, faz amizade com qualquer um apenas para ter material para escrever. Sua escrita vem dos outros. Das histórias alheias. Ele é bom nisso. Mas não é tão bom quanto pensa. Nem eu sou tão bom quanto acreditava. Escrever é uma coisa e ser capaz de viver disso é outro bem diferente. Numa de nossas conversas disse isso pra ele.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Sousa?! Ainda falta muito para nós dois sermos chamados de escritores. Falta muito mesmo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- É... eu sei disso. Mas o importante é continuar a escrever!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Escrever é necessário...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">À noite ele me liga:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Posso até não escrever tão bem, mas sou melhor que aquele escritor que escreveu O Apanhador no Campo de Centeio! Como é o nome dele mesmo?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Salinger!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Esse mesmo! Escrevo melhor que o Salinger!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Ta bom!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- E cadê seu último conto? Vai ficar escondendo as coisas que escreve?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Ta pronto, depois te mostro. – Amigos escritores só lêem os que os outros escrevem para que também sejam lidos, é melhor então que nunca saibam que você escreve também.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Beleza então, até mais!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Até!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Esse é o tipo de cara que ele é. Gente boa. Uma montanha de dureza até chegar perto da família. Um cara que quer ser um grande escritor deve ser realmente duro em todos os lugares. Indo para a escola onde sua mulher trabalha passamos por um bar que freqüento durante a semana pra conversar com um maldito. O cara estava lá chupando a sua cerveja enquanto eu curtia um passeio de carro. O passeio é bom. Mas a cidade parecia que ia derreter de tanto calor. Só queria um gole daquela cerveja.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">O telefone de Sousa toca. Era seu padrasto. Disse que sua esposa já o estava esperando na porta da escola. Estávamos virando a rua para encontra-la. Na porta ela vem correndo e vamos para a casa da mãe de Sousa. Ela mora três ruas acima da minha casa. Por isso o vejo com uma certa freqüência. Passamos denovo na porta do bar. Dou com a mão para o cara. Só a mão. Meus trocados ainda valem algumas cervejas. Mas estou com Sousa e sua esposa agora. Temos de ser bons homens. Mesmo ela sabendo que preferiríamos estar bebendo a ir buscar ela no trabalho. Ainda temos uma garrafa de cachaça no carro. A tarde ainda não acabou. Dá tempo pra aliviar o estresse de ficar a toa pela cidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Mas ao tirar a garrafa do carro na porta da casa da mãe dele sua mulher esbraveja:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Deixa isso ai! Senão vai beber tudo rapidinho!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Que isso nega, tu não me conhece?!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Vamos entrar logo!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">É a minha deixa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Sousa a gente se vê por ai!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Não vai entrar?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Não cara, fica pra próxima.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Beleza, falou!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Meu carro tinha ficado estacionado na porta de casa. Ainda dá tempo de tomar uma cerveja sem elucubrações sobre as motivações dos outros e sem observações da vida cotidiana. Ainda quero escrever. Bater na máquina. Até publicar uns textos por ai. Só não quero ser lembrado em uma das historietas do Sousa. Não tenho um motivo pra viver. A vida é que me mantém vivo.<o:p></o:p></span></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-30961868102952592292009-05-11T17:22:00.000+03:002009-05-11T17:26:18.804+03:00Swing<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWOaorQREi5X98WTrm3syc3RspVnXmqT6WVLnWc8CIK9vGVjktfsx55lQN0i8CZVYYAoQDAHx7gYGW0GWv_hheA_5ztt117QR4ZluKziuCyakhIOalQe7iJ53Dm6HHjvQg4Ef3HeSZCgds/s1600-h/27+An+endless+kiss.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 222px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWOaorQREi5X98WTrm3syc3RspVnXmqT6WVLnWc8CIK9vGVjktfsx55lQN0i8CZVYYAoQDAHx7gYGW0GWv_hheA_5ztt117QR4ZluKziuCyakhIOalQe7iJ53Dm6HHjvQg4Ef3HeSZCgds/s320/27+An+endless+kiss.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5334572190948163810" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">No escritório onde trabalhava Luis Alberto era o mais jovem advogado e como era um escritório grande e de renome nenhum processo era de valor pequeno. Tudo graças à fama que o Dr. Onofre adquiriu. Era um advogado daqueles que se teme só de olhar. Ficou famoso e de conseqüência rico pelos grandes júris que fez. Defendia exclusivamente homens ricos que matavam suas esposas entediadas que os traiam. Era um defensor da honra masculina. Mulher que trai é uma vadia que merece ser morta porque desonra a família e os filhos para ter um pequeno prazerzinho. Assim Dr. Onofre esbravejava em todos os júris. Ganhou quase todos. Um especialista em crimes passionais. Mas não teve um filho para lhe suceder. Já tivera duas esposas. A primeira faleceu de causa desconhecida por todos e a segunda é uma jovem maravilhosa de corpo perfeito em curvas e brilho, mas muito recatada, escolhida a dedo dentre as melhores famílias da cidade. Mas que nunca fora vista por ninguém do escritório, só se sabe seu nome Helena. Porque mulher boa é a que cai aos pés do marido e lhe adora como Deus, essa é a esposa que não trai jamais. Dr. Onofre repetia isso todos os dias no escritório e Luis Alberto já não agüentava mais o jeito arrogante e grosseiro de seu chefe. Mas não era o jeito de seu chefe que o incomodava, era a quantidade de processos que estava perdendo que o estava incomodando. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">Nesse embalo logo seria demitido e sua esposa que já lhe chamava de incompetente tantas vezes ao dia iria agora lhe largar. Gostava dela, mas já não era o mesmo amor que sentira quando do casamento. Mas Luis Alberto nunca aceitou bem a idéia de ser largado por uma mulher. Para ele o homem é quem abandona a mulher. Uma mulher pedir a separação é uma humilhação. Então já tinha na cabeça que se fosse demitido iria de imediato se separar. Não iria dar esse gosto para ela. E o pior acontece, Dr. Onofre chama Luis Alberto em sua sala. Pronto! A demissão é certa. Engolindo o medo a seco Luis Alberto segue em passos lentos para a sala do chefe. Abrindo a porta Dr. Onofre o olha indiferente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Sente-se Luis Alberto!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">Sentado e suando frio Luis Alberto olha o chefe em pé sobre o pedestal gigante que seu nome representava. E ele um reles advogadozinho não era nada ali. Nada mesmo. Perdeu quase todos os processos que participara. Agora só restava um veredicto: A demissão!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Deixe-me sentar. Luis, o seu trabalho não é de todo ruim, até gosto das suas peças, mas aqui é uma empresa e vivemos de dinheiro – pronto estou demitido, pensava Luis Alberto – e no seu caso só tem saído dinheiro da empresa para você, eu não vi um processo que você tenha ganhado para compensar os gastos que temos com o seu salário, sala, telefone e secretária pessoal, então... – Com os pés fincados no chão como estacas e com o terno molhado de suor interrompe o chefe.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Só um minuto Dr. Onofre, antes que o senhor me demita ainda tem o processo contra aquele empresa farmacêutica, a audiência é quarta-feira que vem – tremendo feito vara verde continua no embate como em Davi e Golias, só não esperava vencer com um argumento tão fraco – e se eu ganhar esse processo...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Quais são suas chances reais de ganha-lo?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Grandes, a perícia e os testemunhos são todos ao nosso favor não há nada que eles possam usar pra nos derrotar!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Eu sei disso, já olhei o processo e eu não ia te demitir apenas ia dizer que você está em fase de avaliação e que se não começasse a trazer dinheiro para o escritório estaria demitido. – um suspiro, pronto, o emprego está garantido, pensa aliviado Luis Alberto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Obrigado Dr. Onofre pelo voto de confiança, o senhor não vai se arrepender, eu garanto!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">Sai da sala leve como uma pluma. O mundo não podia ser melhor. Com esse processo praticamente ganho seu emprego está garantido. Agora é só esperar a audiência chegar e cair nas graças do chefe. O melhor a fazer é deixar tudo preparado para a próxima quarta-feira. Assim estava pensando Luis Alberto, que agora se via calmo como um bebê depois de mamar, decidiu até aceitar o convite de seu amigo Álvaro para tomar uma cervejinha depois do expediente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">Sai então dez minutos mais cedo pra encontrar o amigo que vivia como um bom malandro. Sentado no bar espera vinte minutos e nada do amigo. Toma dois chopes e quando decide ir embora lá vem Álvaro com o paletó no ombro e uma cara de dever cumprido.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Luis! Meu grande amigo!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Fala Álvaro, já estava indo embora, estava achando que você não ia aparecer mais!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Que isso meu amigo, é que me ocorreu uma coisa muito boa hoje a tarde.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Dois chopes por favor! – pede Luis ao garçom – Senta aqui e me conta então!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Rapaz tu lembra daquele loirinha com quem eu estava saindo?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Não!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Aquela Luis, aquela que eu disse que topava tudo!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Ah sei! Uma magrinha baixinha!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Essa mesmo, então, conheci uma casa de swing e chamei ela pra ir lá!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Casa de swing?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- É um lugar pra trocas de casais...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Mas e aí, ela topou ir contigo?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- No início topou, mas quando chegou na porta me deu um tapa na cara e disse que isso ela não fazia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Puta que pariu Álvaro! E o que tu fez? Foi embora?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Fui nada, já estava lá mesmo então resolvi conferir!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Mas não é uma casa pra troca de casais, e ela te largou na porta, como que tu fez pra entrar?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Calma meu amigo, calma! Lá também rola uma história de voyeur, tu pode assistir os outros casais trepando, e também tem uma sala para gente solteira se conhecer, uma sala pra encontros casuais se tu me entende!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Álvaro, nem imaginava que aqui na cidade tinha uma coisa dessas, dá até vontade de conhecer!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Meu amigo e tu nem imagina o que me aconteceu...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Imaginar eu imagino, mas vai, conta!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Dei uma volta no local vi um monte de gente trepando, e fui pra essa sala de solteiros, sente no bar do lado de uma ruiva fenomenal, pedi uma bebida, ofereci uma bebida pra ela, que aceitou, e o resto tu imagina!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Fácil assim?!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Facinho, facinho! Fiquei lá uma duas horas e meia com ela, a mulher é um arraso, o problema é que os quartos lá tem janelinhas que os visitantes podem olhar e não serem vistos!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Ah Álvaro! Se tu está na chuva é pra se molhar!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- É isso é verdade! Mas toma aqui um cartão do lugar, funciona o dia inteiro, vai na hora do almoço que tua mulher nem vai suspeitar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Que isso meu amigo! Eu sou um cara direito, nunca trai a minha esposa e nunca vou! – Mas pensava o contrário Luis Alberto. Achava que sua esposa merecia mesmo é um bom par de chifres na cabeça.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Ta bom! Mas toma o cartão, ah e o melhor é a discrição dos visitantes, pensa nisso!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">- Ta, ta...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">Alguns chopes depois os amigos se despedem. Luis Alberto chama um táxi pra ir pra casa. Dormiu com os anjos. Com o emprego garantido a sua vidinha monótona podia continuar. Acorda cedo, toma o café da manhã e se despede da esposa. Mas agora decidido a mudar de atitude. Queria provar para Dr. Onofre e para o escritório inteiro que era capaz de se tornar um grande advogado. Queria provar mais ainda para sua esposa que ele não era um incompetente e que era um homem com colhões. Decidiu até que daria os tão merecidos chifres para a sua esposa megera.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia">Perto da hora do almoço põe a mão no bolso para procurar uns trocados para o lanche quando acha o cartão da casa de swing que Álvaro havia lhe entregado</span>. Isso! Era hoje que punha os chifres na esposa! E se ela descobrisse, pedia a separação. Pensou nisso como um bruto, dono de si e senhor das suas vontades. Mas na porta da casa de Swing chama Blue Beach tremeu feito vara verde. Que porcaria eu estou fazendo aqui, se alguém me vê num lugar desses, não conseguiria mais emprego nessa cidade. Hesitou em pensamento. Mas repetia pra si mesmo: “Eu sou um homem, eu sou um homem, eu sou um homem...” Com essa repetição afirmativa da sua masculinidade entrou na praia azul.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Lá dentro tocava um blues estranho e o lugar tinha uma luz vermelha baixa. Muita fumaça no ar e pessoas andando de cômodo em cômodo. No primeiro corredor eram os quartos. Antes de cada quarto havia uma portinha que dava para uma sala cheia de vidros que se podia ver o que estava acontecendo nos quartos. “Uma pouca vergonha!” Pensava Luis Alberto. Procurou logo o bar para se acalmar. Chegando lá viu a sala que Álvaro lhe falara. Um lugar lotado de homens e mulheres conversando e indo para os quartos de vidro. Sentou de frente para o balcão e pediu uma cerveja. Tomou em dois goles a garrafa inteira e pediu mais outra. Na terceira já estava mais calmo. Seu pudor parecia escorrer para fora de si a cada golada de cerveja.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Na quarta cerveja observa uma jovem de cabelos castanhos vestida em um vestidinho bem solto florido e de salto alto olhando para todos os lados acanhada. Parecia que a moça tremia de medo. Ela senta dois lugares de distância de Luis Alberto e pede uma água com gás. Terminando a quarta cerveja Luis pula os dois lugares e se põe em ataque.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Oi! Aceita alguma bebida?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- O...i... não... o...brigada...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Que isso, aceita alguma coisa! Vai te acalmar, essa é a minha primeira vez aqui e parece que é a sua também!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- É sim, é a minha primeira vez aqui também. – o medo vai embora dos olhos da moça, se abriu para a conversa.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">A conversa fluiu solta. Luis Alberto era um advogado e mesmo sendo um azarado em seus processos ainda sabia conversar. A moça se apresenta e diz que se chama Judite. Disse que tivera apenas dois namorados e que uma amiga a obrigara a ir para essa praia de pecado. Dizia que Judite precisa de um homem novo na sua cama. Que precisa aprender a transar sem amar. E por isso a obrigara a ir para lá. E do bar os dois foram para um dos quartos de vidro. E a moça de cabelos castanhos, toda pudorosa e cheia de medo ao entrar virou uma ninfa. Devorou Luis Alberto em pequenas mordidinhas. Terminado o ato ofereceu para Luis o endereço de um apartamento onde gostaria de encontrar o novo amante na próxima quarta-feira na hora do almoço, pois era o único dia e horário que tinha livre na próxima semana. Explicou que era um apartamento herdado de seu pai que já fora muito rico. Que era um lugar discreto e que ali ninguém observaria a entrada dos dois. Fez apenas uma exigência. Que Luis chegasse as 12:30. Não poderia chegar antes. Aceitando a exigência prometeu que estaria lá no dia e horário marcado sem falta.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Agora Luis Alberto se sentia um homem de verdade. Traíra a megera de sua esposa. Seu emprego estava garantido com o os honorários gigantescos do processo que finalizaria na próxima audiência. Além disso, conseguira uma amante. Nada podia abalar a auto-estima deste homem.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Passados os dias a quarta-feira que decidiria a vida de Luis Alberto chega. Acorda cedo e bem disposto. Toma um belo café da manhã. Dá um beijo de novela na esposa ao sair de casa. Trabalha como seu o mundo fosse seu até o meio-dia. Deixa os documentos preparados para a audiência à tarde e segue para o seu encontro amoroso com sua bem amada amante. “Amante!” Luis repetia isso pra si sem acreditar que hoje ele era um homem que tinha “AMANTE!”. Ninguém acreditaria que aquele homem simples e de bom caráter que agüentava todas as reclamações da esposa hoje possuía uma “AMANTE!”</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Chegando no prédio subiu no elevador correndo. Era um prédio simples onde o porteiro não se importava com quem subia ou descia do prédio. Parecia mais um enfeite no hall de entrada. Só se mexia para mudar a estação do rádio. Já na porta no apartamento e suando frio como um portador de febre amarela bate na porta duas vezes. Enxugando as mãos no bolso espera ansioso a abertura das portas do paraíso. A porta se abre e sua ninfa de cabelos castanhos lhe dá um beijo emocionado e puxa para dentro do pequeno apartamento. Sentados no sofá tomam um wisky enquanto no som toca Bee Gees.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Luis Alberto saiu dali flutuando. Tivera o melhor intervalo de almoço de sua vida. “Uma mulher fantástica, nunca pensei que encontraria alguém assim. Pena que as mulheres só são assim na cama. Casam e viram uma megera. Uhhh!!! Deus me livre!” Pensava satisfeito sobre o seu feito. Agora só faltava ganhar a sentença favorável na audiência. Mas o sol só nasce para poucos e por um tempo bem curto. A luz da sorte de Luis Alberto brilhara apenas na hora do almoço. Na audiência foi só noite e com lua nova. Seu pedido foi declarado improcedente por falta de provas que comprovassem o dano sofrido por seu cliente. Chegando ao escritório Dr. Onofre lhe chama em sua sala.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Luis, Luis, Luis... É meu jovem rapaz... – Luis Alberto estava petrificado, a demissão estava para acontecer – Sente-se primeiro, vamos conversar com calma!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Sentando na cadeira de frente para a mesa de Dr. Onofre Luis Alberto parecia que ia desmaiar a qualquer momento. Sua face estava verde, branca, amarela, roxa. Até estava com dificuldades para respirar. Solta a gravata para ver se não era a gravata que o estava atrapalhando a respiração.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Então meu rapaz! O que vamos fazer contigo?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Não sei doutor... – sua voz tremia.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Acho que não há nada a ser feito, a não ser uma coisa... Lhe dar novos processos para trabalhar – Com os olhos estatelados Luis Alberto trava o olhar no chefe.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Como assim Dr. Onofre? Eu não estava apenas trazendo prejuízo para o escritório?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Ainda só traz prejuízos para o escritório! Mas..,</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Mas?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Mas isso é normal no começo da carreira de qualquer advogado, fora dessa sala existem mais quinze advogados que já passaram pelo o que você está passando. Todos eles perderam muitos processos. É quase como um batismo tantas derrotas. Agora vá lá pra sua mesa que eu deixei alguns processos lá que eu quero que você cuide pessoalmente. Vá lá rapaz!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Obrigado Dr. Onofre, obrigado!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Dali em diante uma seqüência de vitórias processuais iniciou na vida de Luis Alberto. Além do salário que foi aumentando recebia honorários altíssimos. A mulher que era uma megera se tornou doce e amável como se tivessem voltado a namorar. Viu então que uma esposa feliz é a que pode gastar a vontade o dinheiro de seu marido, com roupas, jóias e amantes. Sua amante, Judite, até lhe dera a chave do apartamento onde eles se encontravam, desde que Luis mantivesse a promessa de chegar após as 12:30. Nada poderia melhorar em sua vida. Em seis meses se tornara um dos advogados que mais traziam dinheiro para o escritório. Então como mérito pelo seu belo desenvolvimento Luis foi chamado por Dr. Onofre para se tornar um dos sócios do escritório.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Dr. Onofre até o tinha deixado faltar o resto do dia de trabalho para que ele pudesse sair e comemorar com sua esposa. Ainda eram 11:00 da manhã então Luis Alberto decide ir mais cedo para o apartamento de Judite. Pensou que por ter grandes notícias ela não se importaria de que ele quebrasse a regra do horário. Às 11:40 já estava dentro do apartamento. Sua alegria parecia não ser possível ser contida. Mas pela primeira depois de tanto tempo observou que a porta do quarto ao lado do que sempre usava estava trancada. Procurou a chave na casa e nada. Desistiu e ficou em pé de frente para a janela esperando sua amada apontar na entrada do prédio.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Para um táxi e se vê as pernas de Judite apontando para fora. Um susto! Dr. Onofre desce também do carro. Ele passa o braço na cintura dela e entra no prédio. Desesperado e sem entender a cena Luis Alberto pega seu paletó que estava sobre o sofá e corre para fora do apartamento deixando-o trancado e da mesma maneira que encontrou. Corre para a saída de incêndio no corredor do apartamento deixando apenas uma fresta para observar quem entraria no apartamento. Tudo poderia ser uma coincidência. A hipótese era possível. Mas saindo do elevador vem seu chefe e sua amante. A regra do horário estava esclarecida. O nome dela não era Judite. Era Helena. Era casada e com seu chefe. Um homem que não suportava traição.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Dando o horário que Luis podia chegar ele se dirige para o apartamento mesmo sabendo que seu chefe ainda estava lá. Acreditou que se contasse para o Dr. Onofre o acontecido ele o perdoaria e culparia exclusivamente a sua esposa. Entrando no apartamento como se fosse um animal dá de cara com Helena ou Judite, já não importava mais o seu nome. Era uma safada que traiu a instituição familiar. Se sentiu forte por acreditar nisso.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Sua safada! lap, lap, lap – três tapas zuniram na face de Helena – Dr. Onofre! Eu sei que o senhor está aqui, me uma chance de te contar o tanto que sua mulher é uma safada!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Onofre! Onofre! Meu amor, ele me bateu, me ajuda! – Gritava Helena em prantos, nenhum homem havia batido em seu rosto belo e branco.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">A porta que estava trancada mais cedo se abre e de lá vem Dr. Onofre segundo um porrete que vai de encontro à cabeça de Luis Alberto. Desmaiado é carregado para o quarto, despido, amarrado e amordaçado. Minutos depois acorda e começa a gemeção desesperada.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Calma Luis, calma. Tudo vai se explicar agora. – Lhe falava Dr. Onofre.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Hum, huummm, hummmmmmm! – Gemia Luis na cama.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- A situação é a seguinte. Atrás desse espelho que fica de frente para a cama onde você transou durante meses com minha esposa fica o quarto do lado que não sei se tinha percebido, mas fica sempre trancado, porque é lá que eu fico assistindo e me masturbando enquanto você fode a minha esposa de pele branca e sedosa. – Com os olhos estatelados Luis para de tentar falar e de tentar se soltar das amarras. – Agora você já deve ter entendido tudo, emprego, salário, sociedade, tudo que você tem vem do meu vício em te assistir foder minha esposa.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Meu bem? O que vamos fazer com ele agora? – Interrompe Helena.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Vai ficar tudo bem, eu sei de uma maneira que ele nunca vai contar o que viveu aqui e o que sabe sobre nós.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- O que você vai fazer com ele?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Pega meu canivete!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Pra que?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Pega lá! – Helena sai do quarto e vai até a sala onde está o paletó do Dr. Onofre e volta com o dito canivete, sem saber pra que o marido o queria.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Está aqui!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Ótimo! Então Luis, tu vai prometer agora que nada do que você viu, viveu e descobriu aqui vai sair deste apartamento, tudo bem? – Balançando a cabeça afirmativamente Luis Alberto aceita o acordo. – E como prova de que tu vai cumprir a sua promessa vou tirar algo de você que sempre o fará lembrar e se calar quanto ao que vivemos aqui.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Passando o canivete nas bolas de Luis Alberto Dr. Onofre abre o seu saco e arranca sua bola direita. Mesmo amordaçado pode-se ouvir os gritos de Luis. Solto das amarras é expulso do apartamento, nu e sangrando. Uma coisa é certa, um homem com a masculinidade arranhada é um túmulo.</p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-27967332953054126452009-04-24T05:35:00.000+03:002009-05-07T20:59:27.439+03:00A úlcera<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFhC4qNpwmdnafXlL0Bg6YKGDngXSXlv38kOCBObJ3BRfPacJcIWWTybuEX69qDKurL-cZ6QcbTyE1lw3pWw08QV6yLGnAC3lG16TWEIAGnfvknKZOaQ1BfMe07H3kg0hLrHqhIx1wRJ4/s1600-h/mm_m_130.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFhC4qNpwmdnafXlL0Bg6YKGDngXSXlv38kOCBObJ3BRfPacJcIWWTybuEX69qDKurL-cZ6QcbTyE1lw3pWw08QV6yLGnAC3lG16TWEIAGnfvknKZOaQ1BfMe07H3kg0hLrHqhIx1wRJ4/s320/mm_m_130.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328082579176870626" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Carlos era um homem moralista que encantou a família de Júlia pelo seu comportamento sempre firme e rígido quanto aos princípios cristãos. Ia a igreja todos os domingos. Rezava um terço todos os dias. Além de ser considerado por todos que o conheciam como alguém irreprovável. Sua conduta social era impecável. Em tudo que fazia era honesto e correto. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Era o genro perfeito para o Sr. Osvaldo, pai de Júlia, além de ser um funcionário de sua empresa muito eficiente. E por tal motivo o convidava incessantemente para jantar em sua casa e lhe apresentar sua filha Júlia. Tantos convites foram feitos que o rapaz cedeu. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Ao ver uma moça tão bela, de corpo tão torneado e cabelos escuros descendo as escadas da casa de seu chefe Carlos respirou fundo e corou as faces. A luxúria que ela o fizera sentir foi inevitável. Sentou imediatamente no sofá para esconder o volume que crescia entre suas pernas. Veio logo Osvaldo seu chefe falando bem alto.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Maria Clara, onde esta sua irmã que não desce? Nosso convidado já chegou, vá logo apressa-la.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">A vergonha subiu novamente em seu rosto. Não era Júlia que descia as escadas. Mas quem seria aquela que o excitara tanto ao ponto de enrijecer sua masculinidade desse jeito.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Me desculpe Carlos! Minha filha deve estar se aprontando para você. Disse a ela que lhe apresentaria um bom rapaz que fazia gosto que ela conhecesse.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Que isso Seu Osvaldo, não mereço tamanha honra.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Ah, lá vem ela!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Descendo as escadas vem uma moça magra e um pouco franzina vestida em vestidinho azul claro que a fazia parecer um anjo que descera das nuvens envolvidas com um brilho virginal. Ao seu lado estava a moça que o enrijecera. De faces coradas se levantou e cumprimentou as moças agora com seu pênis mais calmo, aninhado entre suas pernas. Soube mais tarde que aquela moça ao lado de Júlia era sua irmã mais nova Maria Clara, que faria 18 anos no próximo mês e que iria estudar fora do país como presente de aniversário. Carlos esperou Maria Clara viajar para voltar a freqüentar a casa de seu chefe como o mesmo queria. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Teve medo daquela sensação luxuriosa que o tomara quando viu a irmã de Júlia. Fez novena e se confessou várias vezes para que Deus o livrasse daquele desejo de pecado e infernal. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>O medo da atração que sentia por Maria Clara era imenso, fazendo sentir um aperto no estômago. Esperou sua futura cunhada viajar para ir fazer freqüentes visitas a Julia. Os meses foram se passando e Carlos começou a namorar a filha do chefe. Logo a data do casamento foi marcada. Casaram-se. Mas Maria Clara não pode vir ao casamento causando um desgosto tremendo a sua irmã. Desgosto esquecido pelos toques de Carlos na lua-de-mel. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Mudaram-se para um apartamento de três quartos vivendo durante os dois anos que seguiram uma vida calma e tranqüila até a chegada de Maria Clara da Europa. A moça estava mais viva do que Carlos podia se lembrar. Na festa de boas vindas dada por seus sogros ela fazia questão de estar sempre próxima de Carlos e Júlia. Abraçava o casal a toda hora. Queria matar saudade e se desculpar por ter deixado de comparecer ao casamento de sua irmã. A cada olhada de Carlos para sua cunhada seu pênis parecia querer explodir. Mas a negação desse furor que ela causava nele parecia se igualar com esse desejo de possuí-la. Tirou o terço do bolso se foi para o escritório de seu sogro rezar. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Sentado no sofá rezando sabe Deus lá quantas Ave Marias e Pai Nossos sentiu uma fincada em seu estômago. Logo depois as dores no estômago iam aumentando a cada dia. Sentia pontadas freqüentes e uma queimação que não passava. Então sua cunhada passou a freqüentar sua casa todos os dias. Sua irmã fazia muito gosto das visitas de Maria Clara. Carlos não reclamava e se fechava em seu quarto quando estava em casa quando das visitas de sua cunhada tomando anti-ácidos e rodando na cama de tanta queimação em seu sexo pela vontade de agarra-la e abrir suas carnes com sua rigidez como de azia no estômago. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">As visitas de sua cunhada eram freqüentes e seu problema estomacal também ficava mais freqüente. Quanto mais seu desejo de trair sua esposa com sua cunhada aumentava mais Carlos passava seu tempo na igreja ou rezando seu terço para que esse fogo fosse apagado de seu corpo. As dores no estômago se tornaram tão intensas e profundas que procurou um médico que o diagnosticara com uma úlcera, começara a tomar remédios que não adiantava nada ao ponto de afetar seu temperamento. O homem calmo e compreensivo para um homem irritadiço. Qualquer coisa o irritava agora, desde uma comida com um pouco mais de sal a uma almofada fora do lugar no sofá. Mas o que mais o irritava era a presença de sua cunhada. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Os dias foram passando e os remédios não faziam efeito até que começaram as hemorragias. Seu sogro e chefe lhe dera uns dias de folga. Em casa as dores eram cada vez mais intensas. Certa feita sua esposa pedira para Maria Clara ficar em casa cuidando de Carlos enquanto saia para pagar umas contas. Abrindo a porta do quarto do casal Maria Clara achou Carlos deitado na cama sem camisa dormindo. Sentou ao seu lado e ficou passando a mão em seu peito. Acordando com as carícias de sua cunhada Carlos se assusta se encolhe no canto da cama.</span></p><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXZ9ZjIvkaplb-qCbHCiI4b1NPE6pJ5eR7GPFVv-DiRVtezlW1SF2qz9eGl3Xj8jcCtf0VQ8ukMQuHgPZpqckKKM498MDyOVQatLnoR0efrYK8XUfBXGPK5pxBVkojQhxYFC0uOhNB1aU/s320/mm_m_027.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328082176355056242" /> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- O que você pensa que está fazendo? Quem te deixou entrar no meu quarto? Onde está Júlia – o desespero de Carlos com essa situação era visível, parecia que um monstro estava para devorá-lo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Calma Carlos, a Júlia saiu e me pediu para cuidar de você e eu só estava fazendo isso!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Cuidando de mim?! E isso é jeito de cuidar de uma pessoa! Saia daqui agora e me deixe... – Uma pontada no estômago lhe atacou. Começou a tossir e a guspir sangue.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Deita Carlos, deita! – Deitando na cama de tanta dor Carlos cede aos cuidados de sua cunhada. – Isso Carlos deita aqui que eu sei o mal que lhe aflige e eu tenho a cura pra ele!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Você não sabe o que está falando, eu preciso é dos meus remédios...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Eu tenho o único remédio que lhe poderia salvar. – erguendo a saia Maria Clara tira sua calcinha e senta no rosto de Carlos. – Chupa ela, chupa! Esse é o seu remédio!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Estendendo a língua com hesitação Carlos encosta a língua na boceta de sua cunhada, e apertando seus olhos pelo desgosto de estar sendo levado pelo pecado e a luxúria tenta tira-la de cima de seu rosto. Mas ela se agarrara a cabeceira da cama. Apertando o falo de Carlos ele grita.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Deus! Oh meu Deus! Afasta de mim esse demônio!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Carlos o único demônio aqui é esse medo preso aqui na minha mão, todo duro pedindo para ser molestado! – o desespero possuiu aquele quarto e Carlos começou a chorar – Para meu anjo, para! Eu te prometo que se você chupa-la a sua dor vai parar e eu saio daqui de cima, eu prometo!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Chorando Carlos cede e começa a chupar essa flor de pecado. Em segundos cedeu e a chupou com a paixão de um homem viril. Sua dor no estômago se foi e sua boca de encheu de uma boceta macia e sedosa até que na porta do apartamento vem sua esposa. Vestindo a calcinha com uma agilidade não esperada Maria Clara se recompõe e vai até a sala falar com sua irmã enquanto Carlos fica passando os dedos na sua boca e chorando. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">O remorso é um verme que come os homens de fé e Carlos estava sendo comido por dentro agora por dois monstros, um chamado pecado e outro satisfação pelo por vir. Mesmo Carlos achando ser uma coincidência ador sumiu após Maria Clara sair de cima de sua boca o que o fez fugir dela igual a um gato escaldado que tem medo de água fria. Mas com isso pode voltar ao trabalho e a igreja. Passava todos os dias fazendo cerco de oração, tentando se livrar do mal que lhe afligiu, mas aquele gosto não saia de sua boca e a vontade de sentir aquela carne macia novamente o afrontava a todo instante. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Depois do ocorrido não teve mais nenhuma dor de estômago com também não vira mais sua cunhada. Só via agora imagens de santos, mas ao fechar os olhos sentia os pelos de Maria Clara roçando em seu nariz. Até na igreja seu falo entumecia ao lembrar do pecado cometido. Aos poucos as dores iam voltando e agora mais intensas. O inesperado acontece mesmo Carlos fugindo, recebeu em seu escritório um pacote de Maria Clara. Hesitou e rodou a mesa onde opacote estava enquanto sentia seu estômago verter em sangue. Sentando em sua cadeira rasga a embalagem do pacote e abre a caixa que se encontrava nele. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Dentro da Caixa encontrou uma calcinha branca de algodão, um frasco pequeno e um bilhete escrito à mão com dizeres: <i style="mso-bidi-font-style:normal">“Meu anjo, aqui vai de presente duas lembranças para você, essa é a calcinha que eu estava usando naquele dia e dentro deste vidrinho está o néctar que você fez brotar em mim, use-o e seu estômago vai estar renovado, isso lhe prometo! E aqui está o meu número de telefone me ligue para eu lhe curar dessa úlcera, me ligue que em mim há a sua panacéia! Beijos!”</i> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">De joelhos e com a boca cheia de sangue Carlos vomita no lixo e agarra o frasco enviado por Maria Clara. Rancando sua tampa se embriaga com o sabor do pecado que ele mais tem asco, a traição. Em segundos seu estômago esfria e seu falo derrete. O choro toma conta de Carlos mais uma vez. Indo para casa em prantos ele se tranca no quarto deixando sua esposa a porta em desespero então adormece cheirando aquela calcinha branca. Horas depois seu sogro chega em sua casa e bate em sua porta. Carlos se assusta com a visita, abre a porta e sai correndo de casa, esbarra em seu sogro deixando-o no chão e foge para a rua transtornado. O verme do remorso se revira no seu estômago, estava sendo comido por esse fogo. Pegando um táxi segue para seu escritório em prantos para se consumir na brasa desse desejo. Ligando para Maria Clara o telefone chama até uma pessoa atender.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Alô? Quem fala?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Maria Clara se encontra?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- O senhor é parente ou amigo dela?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- Sou um amigo! Ela está?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">- O Senhor não ficou sabendo? Ela foi atropelada quando estava indo visitar o pai dela no trabalho hoje no final da tarde!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia;">Sentado no chão Carlos sente seu estômago sendo perfurado. Tira a calcinha de Maria Clara do bolso e começa a lambê-la. Mas a dor não passa e tenta engoli-la. Morreu asfixiado e com o estômago perfurado de desejo pelo pecado.<o:p></o:p></span></p><p></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-17001290766300623422009-04-21T21:11:00.000+03:002009-04-28T19:41:16.877+03:00Profania<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZIJuPM9LezbL5b_ZTV05u6-mTFFYVr1rMZkRU8rK84fFUABmNxDKvW92FVb_OiBZhD5yCcLAWYw-i9X1dTDdwev5lOigfKZtmo6-u39wiyjzDjPiaYEt5TV7mTwiP3WlA26jK0cUBTPw/s320/Manara+-+Profania.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 218px; height: 320px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327209428072868674" /><p class="MsoNormal" style="margin-right:2.2pt;text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-family:Georgia;">Nunca fui a Igreja por Deus ou por fé alguma, ia para atiçar a minha imoralidade com a inocência de pernas amostras de meninas mulheres quase santas, que ao me verem praticamente sabiam onde as desejavam. Escondem-se no seu recato para não assumir que seus corpos vertiam em mel ao imaginarem o meu falo vibrante a lhes atravessarem suas almas. Mas eu nunca me atrevi a profanar tuas virgindades, não que realmente fossem, ainda eram puras perante minha devassidão, que engolir-nas-iam como eu engulo o mundo pelo fundo do meu copo vazio. Agora não procuro inocência, e nem vou a templos de crença alguma, meu corpo já tão prostituído pelas verdades de becos escuros já não aceita mais conviver com mulheres que não se deixam amar...</span></i></p>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6016662881519063621.post-51267860277985243882009-04-19T00:36:00.000+03:002009-04-28T19:41:16.878+03:00Elisa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ugQ-Qrj9RyhkvY2xo1jk-o77KAo9ZqZpZhhZYYtYEl8bpi0IB3XUdAdN9_KXrBeMg2pBTRNDlAeuxKJfPjiKaFgIFy4fvzRR3RayQjcv0KsporFXjdJdpGER4R6-hztXO1Vcqikhxtk/s1600-h/Manara+Dream+Time.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 268px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ugQ-Qrj9RyhkvY2xo1jk-o77KAo9ZqZpZhhZYYtYEl8bpi0IB3XUdAdN9_KXrBeMg2pBTRNDlAeuxKJfPjiKaFgIFy4fvzRR3RayQjcv0KsporFXjdJdpGER4R6-hztXO1Vcqikhxtk/s320/Manara+Dream+Time.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326149710892643042" /></a><div style="text-align: justify;">Deitada na cama Elisa deixa seu corpo pesar sobre o colchão. a levesa que sente não é só a advinda do gozo de uma noite de intenso prazer físico. mas também de um coração que se sente calmo e sem preocupações. um coração possuído pela paixão vibrante que lhe atravessou a alma e de consequência o seu corpo. o pênis de Max não jorrou apenas esperma em seu sexo. jogou para dentro dela a vida que tanto desejava. não um filho. mas a possibilidade de acreditar na felicidade como algo palpável. se encontraram depois de tantas cartas trocadas alguns dias atrás. sempre manteram a diferença inexorável da amizade que fluia entre os dois. a intimidade de conversas inacabáveis sempre tendem transcender a troca de idéias para o enfrentamento de corpos excitados. não fora diferente com esses dois. envolvidos pelas falas e pela intimidade que rodeavam seus corpos caíram um sobre o outro. não havia razão para tal acontecimento. agora estavam ali. Max e Elisa nus trocando carícias vivendo um momento de amor despreocupado se descobriram amantes. um fato que se negavam a ceder. mas o coração já estava entregue e absorvido por essa sensação. nos toques e afagos ela acaricia suas costas brancas e largas enquanto ele dispõe para ela o prazer de gozar e de se sentir entregue a alguém. ela nunca tinha realmente se visto entregue a nenhum homem. seu corpo já fora possuído diversas vezes. essa era a primeira vez que se via realmente nua diante de um homem. teve vergonha de sua nudez. queria se esconder. mas seu corpo pedia o dele. e em um enlace de torpor aceito o fato que agora era realmente dele e não queria mais nenhum homem dentro de si a não ser este que tinha o falo vibrando dentro de suas carnes. sabia que o desejava mais do que ele mesmo a desejava. mas não era uma paixão injusta. e sem mais poder resistir seu corpo começa a verter em mel diante das estocadas de Max. ele sentia como se o corpo de Elisa derretesse por dentro. e a sensação de se saber macho aqueceu sua tocha que queimou de prazer e antes que o corpo dela cedesse o dele caiu em gozo. logo em seguida veio Elisa a cravar suas pequenas unhas em suas costas aceitando o fato de que agora recebera a marca da paixão em seu corpo. essa paz que recebeu e que acalmou seu corpo em cima desta cama somente ao se lembrar de tal acontecimento foi profanada pela melancolia da lembrança de Jorge. um jovem médico que lhe envolveu com os braços gentis da sobriedade para somente usurpar dos prazeres que seu corpo poderia lhe dar. acreditando em tal falácia se deixou levar para seu quarto onde o rapaz gentil e educado se transformou em um pedaço de demônio que a jogou na cama. arrancou sua calcinha. e penetrou em seu sexo. agora ali com aquele corpo pesado se movimentando como um animal sobre si aceitou o momento. mas antes de seu corpo manifestar qualquer arrepio de prazer o cavalo arabe desmontou e gozou. caiu para o lado e parou pesado como um mármore frio. Elisa se resignara. aceitara o egoísmo. pensara no depois. até acreditou que ele não fosse realmente assim. e lhe concedeu o direito da dúvida. já que pelo menos teriam uma noite inteira para passarem juntos. o mármore de se levanta e por ter supostos compromissos a leva embora. usada e agora descartada. mas o seu príncipe alemão apareceu. Max não a via apenas como mulher. via a Elisa que existia ali e se interessava por ela. talvez esse não seja o fim das aventuras sexuais e amorosas de Elisa. mas para ela Max é hoje a única que importa.</div>Felipe M. Coutohttp://www.blogger.com/profile/13290947549047535805noreply@blogger.com0