Eu deveria salgar minha língua
Para tirar essa abissal doçura poética
Que formiga nos meus lábios
E se acaba no papel
Deveria ouvir mais os meus amigos bêbados
Desnudar meu corpo
E sangrar a céu aberto
Correr entre os carros que passam
Desgovernados
Gritando ao ouvido de seus motoristas
Que parem o motor e liguem a vida
Deveria rir das piadas que conto
Sem fingir que sou bom
Fazer correr nos meus olhos
As cores vividas da terra
Deixar os atabaques cantarem
Os meus passos
Deveria me entregar ao mundo astral
Transar com os deuses e com todas
As constelações
Deixar o sol se por e
Se levantar quando estender a
Noite que é sempre ávida
E cheia do amor puro e sensual
Da adolescência
Deveria lembrar que os meus ombros
Sempre doem no fim do dia
Que minha cama está sempre vazia
E o chão coberto de mim
Devo, devo, devo...
Preciso, preciso, preciso...
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Obrigada pela fita colorida (visitinha). Foi um prazer passar por aqui. ^^.
E isso aí camarada.... a poesia só é poesia quando compartilhada....
o fundo musical ajudou muito hahahahaha abraços
Jungle Drum :D
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